Com alta demanda, Embraer (EMBR3) inaugura centro de manutenção em Portugal

A abertura do centro ocorre em um momento de alta demanda por serviços de manutenção no setor aéreo.

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Publicado em 25/07/2024 às 14:57h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 25/07/2024 às 14:57h Atualizado 3 meses atrás por Matheus Rodrigues
Imagem: Shutterstock.
Imagem: Shutterstock.

✈️ A Embraer (EMBR3) inaugurou nesta quinta-feira (25) um novo centro de manutenção de motores Pratt & Whitney em Portugal, com expectativa de gerar receitas adicionais de 600 milhões de euros anuais quando atingir sua plena capacidade operacional.

A abertura do centro ocorre em um momento de alta demanda por serviços de manutenção no setor aéreo, impulsionada por problemas na entrega de aeronaves e na cadeia de suprimentos, além de um volume de reparos maior que o esperado em motores de nova geração.

Localizada perto de Lisboa, a instalação da subsidiária OGMA da Embraer será "agnóstica", permitindo a revisão de motores Pratt & Whitney tanto para jatos da Embraer quanto para os da concorrente Airbus.

Desde o ano passado, a Pratt & Whitney, uma divisão da RTX Corp, tem lidado com um raro defeito em seus motores, que afeta principalmente o Airbus A320neo, levando a pedidos de inspeções aceleradas que podem durar quase um ano para serem concluídas, segundo relatos de companhias aéreas.

"A demanda é alta, todas as oficinas de aviação estão lotadas", afirmou Carlos Naufel, chefe da unidade de Serviços e Suporte da Embraer, em entrevista à Reuters.

"Os primeiros motores que estamos recebendo são de companhias europeias, mas podem vir de qualquer parte do mundo."

Um relatório recente da consultoria Bain indicou que as companhias aéreas estão enfrentando a maior espera já registrada por manutenção de motores, com a demanda devendo atingir um pico em 2026. Essa situação restringe o crescimento das empresas aéreas e eleva os custos operacionais.

📊 Inicialmente, a OGMA oferecerá serviços para o motor turbofan PW1100G-JM da Pratt, que equipa a família A320neo, e a partir de 2026, planeja incluir o motor PW1900G da próxima geração de jatos E2 da Embraer.

No auge, a instalação espera ter capacidade anual para 240 motores e gerar 600 milhões de euros em receitas, superando os 500 milhões de dólares previstos inicialmente pela empresa.

Naufel não especificou a capacidade inicial nem o prazo para atingir o pico, mas mencionou que haverá um crescimento ano a ano.

Em 2023, a unidade de Serviços e Suporte da Embraer foi responsável por 27% das receitas do grupo, acumulando 1,4 bilhão de dólares, com uma carteira de pedidos recorde de 3,1 bilhões de dólares no final do ano.

Naufel destacou que a unidade espera dobrar suas receitas anuais até 2030, refletindo um crescimento acelerado e acompanhando a alta demanda do setor.

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