Brasileiros pagarão até R$ 2,5 mil por visto dos EUA após novas regras; veja mudanças

Os turistas que querem conhecer a Disney estarão sujeitos a mais burocracia a partir desta terça-feira (2). Isso porque entra em vigor uma série de novas regras publicadas pelo governo dos Estados Unidos para turistas que vão ao país.

A primeira delas é a obrigatoriedade de entrevista presencial para quase todos os tipos de vistos, independentemente da idade do solicitante. Antes menores de 14 anos e idosos com mais de 79 anos não precisavam ir à Embaixada dos EUA para tirar a documentação.

A isenção segue válida para quem vai renovar os vistos das categorias B1 ou B2 que estão vencidos há menos de um ano. Diplomatas e seus familiares, além de membros de organizações internacionais também não precisam comparecer aos escritórios da representação estadunidense.

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Já no dia 1º de outubro passa a vigorar a regra do Visa Integrity Fee, que cobra uma taxa extra de US$ 250 depois da aprovação do visto de não imigrante. Com isso, o custo total para obter o documento passa a ser de R$ 2.550, de acordo com a cotação atual do dólar.

O governo Trump diz que a nova taxa será usada para financiar medidas de segurança no processo de emissão dos vistos.

Em entrevista à CNN, o vice-presidente sênior de relações governamentais da US Travel Association, Erik Hansen, destacou que a imposição da taxa vai funcionar como uma barreira financeira para turistas internacionais. Ele entende que, ao lado da espera para a emissão do visto, o custo para obter o documento é um dos principais motivos que fazem os turistas desistirem de viajar ao país.

“A nova taxa de integridade de visto aumenta os custos iniciais de visitar os EUA em 144%, sem reduzir o tempo de espera para entrevistas. Mesmo que seja tecnicamente reembolsável, a complexidade e o custo adicionais desencorajarão os visitantes”, destacou ele.

Impacto no turismo

A rede hoteleira dos EUA já está se preparando para uma eventual queda no número de hóspedes internacionais. Fontes do setor acreditam que a remodelação do padrão de imigração vai pressionar o turismo em estados que são dependentes deste setor.

Com o custo do visto subindo em média para US$ 442, o visto dos EUA se torna um dos mais caros do mundo. Conforme destaca nota da Hotel Management Network, turistas oriundos da China, Índia, México e Brasil, que são os mais frequentes, devem diminuir o ritmo de desembarque na América do Norte.

O movimento acontece apenas um ano antes da Copa do Mundo, que será realizada em 2026 nos Estados Unidos, México e Canadá, e dois anos antes das Olimpíadas de Los Angeles. Há um temor das organizações das competições de que haja uma queda no número de espectadores, o que impacta diretamente a receita obtida a partir desses eventos.