Biden aumenta tarifa sobre veículos elétricos da China para 100%

A decisão não se limita apenas aos veículos elétricos.

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Publicado em 14/05/2024 às 12:02h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 14/05/2024 às 12:02h Atualizado 2 meses atrás por Elanny Vlaxio
A medida segue uma revisão plurianual das tarifas sobre US$ 300 bilhões em mercadorias chinesas (Shutterstock)
A medida segue uma revisão plurianual das tarifas sobre US$ 300 bilhões em mercadorias chinesas (Shutterstock)

Nesta terça-feira (14), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou o aumento das tarifas sobre produtos chineses. O imposto cobrado na importação de veículos elétricos quadruplicou, passando de 25% para 100% em 2024.

🚗 De acordo com um comunicado da Casa Branca, as exportações chinesas de carros elétricos aumentaram 70% de 2022 a 2023, devido a "amplos subsídios" da China e "práticas não comerciais que resultam em riscos substanciais de excesso de capacidade".

O governo de Biden também destacou que a nova tarifa protegerá os fabricantes norte-americanos do setor contra as "práticas comerciais injustas" do país asiático.

“Essa medida promove a visão do presidente Biden de garantir que o futuro da indústria automobilística seja feito nos Estados Unidos por trabalhadores norte-americanos”, afirmou a nota.

⚡ O aumento terá impacto na indústria de automóveis elétricos da China, que é um dos maiores mercados, seguido pelos EUA e pela União Europeia. O setor chinês conta com empresas de liderança global na produção e vendas de carros elétricos, como a BYD.

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Vale citar que a medida segue uma revisão plurianual das tarifas sobre US$ 300 bilhões em mercadorias chinesas, que foram impostas pelo ex-presidente Donald Trump como parte de sua guerra comercial com o país. Com isso, Biden decidiu manter a maior parte das outras tarifas de Trump em vigor.

Lael Brainard, conselheira econômica da Casa Branca, afirmou que a ação "garantirá que os investimentos históricos em empregos, impulsionados pelas iniciativas do presidente Biden, não sejam prejudicados por uma inundação de exportações injustamente subvalorizadas da China".

🔌 Ela adicionou que "A China está seguindo o mesmo manual que utilizou anteriormente para promover seu próprio crescimento à custa de outros, continuando a investir apesar do excesso de capacidade e inundando os mercados globais com exportações subvalorizadas devido a práticas injustas".

A medida, segundo autoridades americanas, visa conceder um prazo maior para que as empresas nacionais desenvolvam sua própria tecnologia de baterias, competindo de forma mais equilibrada com o gigante asiático.

A decisão não se limita apenas aos veículos elétricos. As baterias de lítio para outros tipos de veículos também serão alvo de tarifas, porém com implementação gradual a partir de 2026.