Barroso diz que, 'em breve', sentenças serão escritas por IA

Magistrados compartilharam experiências sobre como estão incorporando a inteligência artificial no sistema judiciário.

Publicado em 14/05/2024 às 16:08h - Atualizado 8 meses atrás Publicado em 14/05/2024 às 16:08h Atualizado 8 meses atrás por Elanny Vlaxio

Barroso ressaltou que o tema está em amplo debate (TSE)

O STF (Supremo Tribunal Federal) está dando um passo importante rumo à modernização e à otimização do tempo de resposta da Justiça brasileira. Sob a liderança do Ministro Luís Roberto Barroso, a Corte está investido em softwares de IA (Inteligência Artificial) para auxiliar magistrados e servidores em diversas etapas do processo judicial.

⚖️ “No Brasil, temos usado a internet para fins jurídicos. Utilizamos a Inteligência Artificial na Suprema Corte onde recebemos 70 mil casos por ano", declarou Barroso na terça-feira (14), durante a abertura do segundo dia do encontro do J20, um grupo que reúne representantes e presidentes de Supremas Cortes de países do G20.

O ministro alertou para os perigos da inteligência artificial, especialmente em relação ao mercado de trabalho e à disseminação de informações falsas. Segundo ele, notícias falsas sobre conflitos armados e mensagens que reforçam preconceitos são grandes preocupações.

Barroso ressaltou que o tema está em amplo debate: "Estamos buscando maneiras de utilizar e regular a inteligência artificial de forma a proteger a democracia e garantir a boa governança", declarou.

📱 “Usamos inteligência artificial para criar grupos de casos e também para facilitar os que têm repercussão geral. Também estamos investindo em software de IA que conseguem resumir os casos e tentando desenvolver sistemas para pesquisas de precedentes. Teremos, em breve, IA escrevendo a primeira versão de sentenças”, afirmou Barroso.

No encontro desta terça-feira, representantes do Judiciário de países do G20 estão debatendo a transformação digital e o uso da tecnologia para melhorar a eficiência da Justiça. Magistrados compartilharam experiências sobre como estão incorporando a inteligência artificial no sistema judiciário.

Por exemplo, a Índia afirmou ter um sistema que desmente desinformações em tempo real sobre processos já julgados. Enquanto isso, a Itália mencionou que o tema da justiça digital está em discussão no país.