Banco do Brasil (BBAS3): 4 bancos já cortaram projeções de dividendos, confira
O Goldman Sachs espera um payout de 30% em 2025, abaixo do guidance do BB (de 40% a 50%).

💰 Ao menos 4 bancos já cortaram as projeções para os dividendos do Banco do Brasil (BBAS3) até esta terça-feira (24). A última instituição que rebaixou suas estimativas foi o Goldman Sachs, que espera um payout (porcentagem distribuída na forma de proventos) de 30% em 2025, abaixo da orientação da administração (de 40% a 50%).
A mudança reflete a perspectiva de menor lucratividade da empresa e um índice de capital principal visto como suficiente, porém modesto, em 11,0%, o que pode levar a administração e o conselho a optarem por preservar capital em vez de distribuir dividendos, com o objetivo de apoiar o crescimento futuro.
“Enquanto isso, as provisões ficaram atrás da formação de créditos inadimplentes e devem aumentar de forma significativa nos próximos trimestres. As ações caíram 27% desde a divulgação dos resultados do 1T25 e agora são negociadas a 0,7 vez do valor patrimonial dos últimos 12 meses", diz o relatório.
Por isso, o Goldman Sachs estima um lucro líquido de R$ 25,6 bilhões para o BB em 2025, o que representa uma redução de 31% em relação ao piso do guidance anterior, que era de R$ 37 a R$ 41 bilhões e está em revisão. Apesar de manterem a recomendação neutra para o papel, os analistas cortaram o preço-alvo de R$ 25 para R$ 23, refletindo um potencial de valorização de 7,73%.
💸 “Vemos um dividend yield adicional de 6%. A ação está sendo negociada a 4,8 vezes na relação Preço/Lucro esperado para 2025 e a 0,6 vez o Preço/Valor de Mercado esperado para 2025, com desconto maior em relação aos bancos privados do que a média histórica”, dizem os analistas.
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Outras análises
Além do Goldman, o JP Morgan espera uma distribuição de 30% do lucro em dividendos. Segundo o banco, o segundo trimestre terá papel fundamental para a companhia apresentar novas projeções para 2025 e para que o mercado consiga enxergar com mais clareza a real magnitude da inadimplência no setor do agronegócio.
“Apesar de reconhecermos que a volatilidade pré-eleição presidencial de 2026 pode ser um catalisador e que o nível de posições vendidas já está elevado, preferimos adotar uma postura de espera, buscando maior visibilidade após o segundo trimestre, que pode dar o tom de uma possível recuperação”, diz o relatório.
O Itaú BBA também se mostrou mais cauteloso quanto aos dividendos do Banco do Brasil, passando a trabalhar com um payout de 30%. Para a instituição, os próximos trimestres tendem a ser mais difíceis que o primeiro, em razão dos ciclos naturais de pagamentos e atrasos no crédito, e não há expectativa de recuperação significativa em 2025.
🤑 “Diante dessas surpresas negativas, é provável que um risco adicional seja incorporado aos modelos de perda esperada. No total, estimamos provisões adicionais de aproximadamente 3%, elevando o total para 8% da carteira agro até 2026, o que pesa sobre os lucros do banco", diz o Itaú.
Além disso, o Santander rebaixou sua recomendação de compra para “manutenção” (neutra) e cortou o preço-alvo para 2025 de R$ 45 para R$ 26. Segundo o Santander, a razão para o rebaixamento é clara: os resultados vieram fracos e aquém do esperado. No 1º trimestre deste ano, o Banco do Brasil reportou lucro de R$ 7,4 bilhões.

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