Capital estrangeiro volta à Bolsa e pode fechar 2025 com maior saldo em dois anos
Segundo dados da B3, o fluxo estrangeiro acumulado até novembro chegou a R$ 27,3 bilhões, revertendo com folga a saída observada em 2024.
A B3 (B3SA3) espera voltar a ampliar as suas receitas em 2025, apesar de um cenário desafiador de turbulência no mercado acionário, juros altos e aumento da concorrência.
A companhia apresentou os seus planos para o próximo ano nessa quarta-feira (18) e parece ter agradado ao mercado. Os analistas do Goldman Sachs, por exemplo, reforçaram a recomendação de compra para as ações da B3 após o encontro, citando diversas avenidas de crescimento para a empresa.
💲No B3 Day, a operadora da bolsa brasileira explicou que vem diversificando seus negócios e desenvolvendo novos produtos para atender as demandas dos investidores e manter-se resiliente em situações adversas de mercado, como a atual.
Este ano de 2024, por sinal, é visto como um ponto de inflexão, pois 80% das receitas da B3 seguem crescendo, apesar de resultados mais fracos do mercado acionário. Boa parte do aumento vem de produtos novos, como os contratos futuros de Bitcoin.
O plano é, então, manter essa estratégia em 2025, por meio do lançamento de novos produtos e funcionalidades, sobretudo em segmentos com maior potencial de crescimento, como a renda fixa. E, assim, expandir o faturamento em 2025.
"A renda fixa é a maior oportunidade de diversificação que temos agora. É o grande mercado em crescimento no Brasil", disse o head comercial e de produtos da B3, Luiz Masagão Ribeiro Filho.
Segundo ele, a B3 quer se posicionar como uma plataforma completa de renda fixa, da tomada de decisão à liquidação de créditos. Por isso, pretende aprimorar os processos de emissão, distribuição e negociação secundária de títulos, além de rever a tarifação de acesso e negociação e lançar novos produtos, como derivativos de crédito e futuros de índices.
"Seguimos firmes no propósito de fortalecer nosso negócio principal, que é ser a plataforma brasileira que viabiliza o funcionamento do mercado brasileiro. Além disso, temos a oportunidade de diversificar nossos negócios, com a clareza de privilegiar as atividades que estão no entorno do nosso core business, para gerar novas receitas", reforçou o CEO da B3, Gilson Finkelsztain.
Além disso, a B3 pretende facilitar o acesso aos produtos disponíveis na bolsa brasileira para investidores estrangeiros e trabalha para entregar produtos e serviços que tragam melhor experiência e valor para os investidores pessoa física.
📈 Além da turbulência do mercado acionário, a B3 deve enfrentar uma maior concorrência a partir dos próximos anos. Afinal, vários players vêm se movimentando para lançar novas bolsas de valores no país. A nova Bolsa do Rio, que será operada pelo Mubadala, por exemplo, já pretende iniciar as suas atividades em 2025. A previsão, no entanto, parece não assustar a B3.
Segundo a XP, "a B3 tem se concentrado estrategicamente em aumentar a proximidade com os clientes e em desenvolver continuamente novos produtos e soluções para mitigar a ameaça de novos entrantes". Além disso, observou que "muitos desses novos concorrentes estão focados em nichos de mercado específicos com soluções e produtos mais simples".
"A empresa acredita que a competição será pautada cada vez mais em preço; no entanto, com seu ecossistema abrangente, a B3 está confiante de que pode evitar uma guerra de preços ao oferecer produtos com valor agregado que atendam efetivamente às necessidades dos clientes", contou a XP.
O Itaú BBA reforçou que a B3 não prevê uma concorrência de preços e deve manter sua estratégia de longo prazo diante da chegada de novos players no mercado. "A empresa deve responder ao mantendo tecnologia de ponta, lançamentos contínuos de produtos (por exemplo, futuros de criptos) e programas de aumento de liquidez", reportou.
A B3 prevê a distribuição de 90% a 110% do lucro líquido de 2025 para os acionistas, incluindo dividendos, juros sobre capital próprio, recompras de ações ou outros instrumentos aplicáveis. A projeção, no entanto, é ligeiramente inferior à deste ano, que foi de 90% a 120% do lucro.
Apesar disso, o Itaú BBA manteve a recomendação outperform (equivalente à compra) para os papeis da B3. Em relatório, os analistas do banco disseram que a empresa transmitiu "resiliência e confiança" no B3 Day. Além disso, avaliaram que a baixa alavancagem, os lucros resilientes e o valuation da B3 trazem conforto para o papel.
Para o Itaú BBA, a B3 está sendo negociada com mais de 50% desconto em relação aos pares. O banco tem um preço-alvo de R$ 14 para o papel, o que representa um potencial de alta de aproximadamente 40% em relação ao preço atual. Às 17h30 desta quinta-feira (19), as ações da B3 eram negociadas por R$ 9,99.
Segundo dados da B3, o fluxo estrangeiro acumulado até novembro chegou a R$ 27,3 bilhões, revertendo com folga a saída observada em 2024.
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