Aposta em Bitcoin coloca Méliuz (CASH3) no radar com salto de 170% em 2025
Com nova estratégia em Bitcoin, a Méliuz (CASH3) acumula alta de 170% em 2025, mesmo após leve correção nesta terça (15).

📈 Após registrar nova máxima histórica do Bitcoin (BTC) nesta semana, as ações da Méliuz (CASH3) acumulam valorização próxima de 170% no ano, refletindo diretamente a nova estratégia da empresa, que passou a atuar como tesouraria corporativa de Bitcoin, movimento inédito entre empresas listadas na América Latina.
Mesmo com a leve correção do BTC nesta terça-feira (15), que recuava 2,52% e era negociado aos US$ 117,314,90 mil por volta das 18h40, a companhia manteve um patamar elevado na B3, fechando o dia cotada a R$ 7,36, com queda pontual de 4%, mas ainda sustentando o rali acumulado nos últimos meses.
A trajetória positiva da Méliuz acontece em meio à forte valorização da maior criptomoeda do mundo, que ultrapassou US$ 123 mil recentemente e passou a ser impulsionada por uma combinação de fatores globais, como fluxo intenso de capital para ETFs (fundos de índice), clima macroeconômico favorável ao risco e menor pressão do mercado de derivativos.
Da fintech de cashback à tesouraria cripto
Criada em 2011 com foco em cashback e fidelização de clientes, a Méliuz passou por uma reestruturação que a reposicionou como uma empresa alinhada ao ecossistema cripto.
A companhia protagonizou um movimento ousado ao adquirir, até o fim de junho, 595,67 Bitcoins, tornando-se a maior detentora de BTC entre empresas de capital aberto da América Latina.
Esse movimento estratégico não apenas atraiu atenção do mercado, como também impulsionou o valor de mercado da companhia para mais de R$ 820 milhões.
A guinada foi financiada por um aumento de capital recente: em junho, a empresa concluiu uma oferta de ações no valor de R$ 180 milhões, com o objetivo de expandir sua reserva em criptomoedas.
Na mesma época, anunciou a compra de 275 Bitcoins, e em maio já havia realizado a aquisição de US$ 28,4 milhões em BTC.
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O cenário de valorização do Bitcoin não é exclusivo do Brasil. Na última semana, os fundos de Bitcoin negociados em bolsa (ETFs) registraram entradas líquidas de mais de US$ 1,2 bilhão — o segundo maior volume diário da história, segundo dados da SoSoValue.
Esse movimento reforça o apetite por risco dos investidores institucionais e favorece empresas como a Méliuz, que agora se posicionam com exposição direta ao ativo.
Correlação com inflação nos EUA e tarifas sobre o Brasil
A valorização do Bitcoin ocorre, também, em um contexto macroeconômico sensível. Nos Estados Unidos, os dados de inflação acumulada em 12 meses subiram para 2,7% em junho, conforme relatório do Departamento do Trabalho.
A alta foi atribuída, em parte, às novas tarifas comerciais de 50% impostas pelo presidente Donald Trump a produtos brasileiros e chineses — uma medida que também teve reflexos no câmbio e no Ibovespa.
CASH3: o que esperar daqui para frente?
💰 Com o Bitcoin acima de US$ 117 mil e o otimismo crescente entre grandes fundos, a Méliuz pode continuar no radar dos investidores, especialmente aqueles com perfil mais arrojado e visão de longo prazo.
O modelo adotado pela companhia é semelhante ao de empresas internacionais como a MicroStrategy (MSTR), uma das primeiras a alocar caixa corporativo em BTC como reserva de valor.
No entanto, especialistas reforçam a importância da cautela. O crescimento acelerado da ação também está sujeito à volatilidade típica dos criptoativos e à dependência do preço do Bitcoin. Para investidores iniciantes, entender o modelo de negócio da empresa e seu grau de exposição ao BTC é essencial antes de tomar decisões.
Atualmente, entre as 21 empresas globais com mais de 100 Bitcoins em tesouraria, a Méliuz já se destaca como uma das principais da América Latina.

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