AgroGalaxy (AGXY3): Dívida chega a R$ 3,7 bilhões; bancos são os maiores credores

O montante engloba obrigações com bancos, produtores rurais e fornecedores, destacando uma crise financeira severa.

Publicado em 20/09/2024 às 10:47h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 20/09/2024 às 10:47h Atualizado 2 meses atrás por Matheus Rodrigues

Entre os credores mais impactados está a Vert Companhia Securitizadora (Imagem: Shutterstock)

🚨 A AgroGalaxy (AGXY3), uma das maiores redes de insumos agrícolas no Brasil, surpreendeu o mercado ao solicitar recuperação judicial na quarta-feira (18), revelando um passivo expressivo de R$ 3,7 bilhões, além de US$ 160 milhões em dívidas.

O montante engloba obrigações com bancos, produtores rurais e fornecedores, destacando uma crise financeira severa.

Entre os credores mais impactados está a Vert Companhia Securitizadora, responsável por estruturar Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) no valor de R$ 516,4 milhões, cujo vencimento antecipado foi ativado, agravando a já delicada situação de liquidez da empresa.

Outras instituições financeiras de peso, como Banco do Brasil (R$ 391,2 milhões), Santander (R$ 278,4 milhões) e Citibank (R$ 106,8 milhões), também figuram na lista de credores.

Empresas do setor agrícola, como FMC (R$ 163,6 milhões), Albaugh Agro Brasil (R$ 139,4 milhões) e Mosaic Fertilizantes (R$ 119,5 milhões), reforçam o tamanho do impacto da crise no setor de insumos e defensivos agrícolas.

A empresa alega que fatores externos, como a queda nos preços das commodities, condições climáticas adversas e dificuldades de acesso ao crédito, pressionaram sua liquidez, elevando o endividamento.

Entre os credores também está o Agrofundo Brasil X FIP, controlado pela Aqua Capital, com uma dívida de R$ 152,3 milhões.

Em resposta ao pedido de recuperação, na quinta-feira (19), a Justiça de Goiânia, por meio de uma liminar, suspendeu a execução de dívidas e rescisões contratuais, oferecendo à AgroGalaxy um período de 45 dias para negociar um plano de recuperação com seus credores.

A decisão judicial impede bancos como Banco do Brasil, Santander e Citibank de reter R$ 205 milhões de recebíveis da companhia, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.

📉 A movimentação coloca o mercado em alerta, enquanto a empresa busca alternativas para reestruturar suas operações e reverter o cenário financeiro.