Ações da Vale (VALE3) podem cair até 12%, diz XP

Potencial acordo bilionário de reparação da Samarco poderia influenciar negativamente os papéis da mineradora

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Publicado em 27/01/2024 às 13:22h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 27/01/2024 às 13:22h Atualizado 3 meses atrás por Juliano Passaro
(Shutterstock/Sergio V S Rangel)
(Shutterstock/Sergio V S Rangel)

🔊 A XP divulgou um relatório, na última sexta-feira (26), sobre as perspectivas para as ações da Vale (VALE3), após a companhia ser envolvida em notícias sobre um potencial novo acordo de reparação da Samarco. 

📊 Segundo a XP, as ações podem cair de 3% a 12%, "após excluir uma suposição de consenso de caso base de uma provisão extra de US$ 2,5 bilhões (com o impacto negativo esperado sobre as ações decorrente dos valores acima deste valor, pois vemos um valor provisório extra de aproximadamente US$ 2,5 bilhões, conforme já esperado pelo mercado)".

A XP ainda destacou que, embora as implicações deste potencial acordo de reparação para a Samarco possam parecer negativas à primeira vista, os analistas acreditam que é muito cedo para tirar uma conclusão sobre o tema. 

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"Além disso, destacamos que a VALE3 caiu 2,2% ontem, em um dia marcado por diversos ruídos em relação ao plano de sucessão em andamento da empresa", informou a XP em relatório.

"Com aproximadamente US$ 3,2 bilhões em provisões relacionadas à Samarco incluídas no balanço do terceiro trimestre da Vale, a companhia ainda não tem informações se este novo acordo de reparação acrescentaria (aumentaria o saldo provisório da empresa desconsiderando o valor provisionado atual) ou substituiria totalmente o acordo em vigor (ou seja: consideraria o valor de cerca de US$ 3,2 bilhões)", complementou a XP.

Entenda o caso envolvendo a Vale

O jornal "O Globo" publicou, nesta semana, que a Justiça brasileira condenou a Vale, Samarco e BHP por danos morais e coletivos causados pelo rompimento da barragem de Mariana (MG) em 2015. A Justiça teria condenado as empresas a pagarem uma indenização de R$ 47,6 bilhões. 

A barragem, que rompeu em 2015, no subdistrito de Bento Rodrigues, pertencia à Samarco - companhia de capital fechado que atua no segmento de mineração. A Samarco é uma joint venture de propriedade da Vale e BHP. A onda de lama com rejeitos de mineração da empresa matou 19 pessoas.

A Vale informou, em comunicado à imprensa, que até dezembro de 2023 foram destinados R$ 34,7 bilhões para ações de reparação e compensação da Renova, sendo R$ 14,4 bilhões para pagamento de indenizações individuais e R$ 2,7 bilhões para Auxílio Financeiro Emergencial, totalizando R$ 17,1 bilhões, beneficiando pelo menos 438 mil pessoas. 

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