Ações da Airo Group disparam 140% em estreia nos EUA, com indústria bélica em foco

💣 Não é apenas o petróleo e, consequentemente, as ações de petroleiras, os únicos investimentos que estão subindo forte pelo mundo após o conflito armado entre Israel e Irã escalar recentemente. Isso porque as ações da fabricante de drones militares Airo Group (AIRO) saltaram +140% nesta sexta-feira (13), em sua estreia na bolsa de tecnologia americana Nasdaq.

Durante seu IPO (oferta pública inicial de ações, na tradução em português), os papéis da Airo Group foram cotados a US$ 10 cada, mas terminaram o pregão valendo US$ 24 cada, permitindo que a empresa aeroespacial e de defesa avançada levantasse US$ 60 milhões em recursos, colocando 6 milhões de ações em circulação.

Segundo informações divulgadas pela companhia ao mercado, seu modelo de negócios está ancorado em quatro segmentos: drones, aeronaves elétricas, treinamento em aviação comercial e militar e sistemas operacionais.

Em 2024, a empresa registrou US$ 87 milhões em receitas, dobrando suas vendas em relação ao ano anterior, com impulso na entrega de drones militares equipados com inteligência artificial, os chamados Sky Watch. Tais produtos já servem aos países membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e ao exército ucraniano na guerra contra os russos.

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Empresas da indústria bélica

Coincidentemente, a listagem da Airo Group no mercado acionário dos EUA ocorre em meio à tensão geopolítica entre duas potenciais regionais no Oriente Médio. Após Israel retaliar o Irã com ataques aéreos contra instalações militares e infraestrutura usada para a criação de uma bomba atômica, o regime dos aiatolás revidou com uso de drones contra o território israelense.

Só que, para além do uso militar, a Airo Group trabalha com o uso de drones híbridos para entrega de cargas comerciais, com lançamento previsto para 2027. Essa diversificação permite que a empresa explore contratos governamentais de defesa e futuros mercados de logística comercial.

Já a sua vertical na fabricação de veículos elétricos de decolagem e pouso vertical (eVOLT, na sigla em inglês), mais conhecidos como carros voadores, rivaliza com os negócios da EVE, a empresa controlada pela brasileira Embraer (EMBR3), que também tem ações listadas na Nasdaq sob o código (EVEX).

📊 Segundo dados do Investidor10, se você tivesse investido US$ 1 mil em EMBR3 há cinco ano, hoje você teria R$ 7.770,50, já considerando o reinvestimento dos dividendos. A simulação também aponta que o Ibovespa teria retornado R$ 1.485,40 nas mesmas condições.