2024 é o ano dos dividendos? Mercado prevê recorde histórico

O setor de óleo e gás dominou a distribuição de proventos no primeiro semestre de 2024, com destaque para a Petrobras e a Comgas.

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Publicado em 22/07/2024 às 14:49h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 22/07/2024 às 14:49h Atualizado 3 meses atrás por Matheus Rodrigues
A expectativa é que 2024 possa superar o recorde de R$ 319,40 bilhões pagos em 2022.  Imagem: Shutterstock.
A expectativa é que 2024 possa superar o recorde de R$ 319,40 bilhões pagos em 2022. Imagem: Shutterstock.

💲 A economia global enfrentou uma série de desafios nos últimos anos, mas 2024 pode ser marcado como um ano excepcional para os investidores em ações.

Com a distribuição de dividendos em um patamar promissor, muitos especialistas acreditam que este ano tem potencial para superar o recorde anterior estabelecido em 2022.

O início de 2024 foi marcado por um cenário macroeconômico incerto, que resultou em uma queda de 7,6% no Ibovespa no primeiro semestre.

No entanto, no âmbito microeconômico, as empresas brasileiras demonstraram resiliência, gerando caixa, reduzindo dívidas e distribuindo 74% do total de proventos de 2023.

Segundo dados da plataforma Meu Dividendo, foram pagos R$ 165 bilhões em dividendos e Juros Sobre Capital Próprio (JCP) no primeiro semestre, um número expressivo que alimenta expectativas positivas para o restante do ano.

Recorde à Vista?

A expectativa é que 2024 possa superar o recorde de R$ 319,40 bilhões pagos em 2022. No primeiro semestre daquele ano, foram distribuídos R$ 125,16 bilhões, o que representa 24% a menos do que o montante distribuído no mesmo período de 2024.

Especialistas como Enrico Cozzolino, da Levante Inside Corp, atribuem esse aumento ao controle de custos das empresas, que buscam sobreviver e crescer em um cenário econômico ainda em recuperação.

Diferentes fatores explicam o desempenho robusto do primeiro semestre de 2024. A queda nas taxas de juros é um dos principais motivos, proporcionando maior remuneração aos acionistas.

Ângelo Belitardo, gestor da Hike Capital, destaca a redução do endividamento das empresas, a recuperação nos preços das commodities e a desaceleração da inflação como fatores que aumentaram a renda disponível das famílias e, consequentemente, o desempenho das empresas.

Apesar dos benefícios, a distribuição de dividendos pode indicar uma estagnação na atividade econômica.

Cozzolino ressalta que empresas que optam por distribuir dividendos podem estar sinalizando falta de oportunidades de investimento para gerar retornos maiores.

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JCP: A “pedra no sapato”

Os JCP, que geralmente se concentram no segundo semestre, têm o potencial de impulsionar ainda mais a remuneração dos acionistas.

Contudo, esse fator também pode ser uma barreira para alcançar um novo recorde, já que esses proventos não são obrigatórios e as empresas possuem flexibilidade para decidir sobre os pagamentos.

Caso o cenário macroeconômico se deteriore, as empresas podem optar por segurar os pagamentos para reforçar o caixa e mitigar riscos.

Como Aproveitar os Dividendos Robustos?

O setor de óleo e gás dominou a distribuição de proventos no primeiro semestre de 2024, com destaque para a Petrobras (PETR4) e a Comgas (CGAS5).

📊 Veja abaixo as empresas com maior volume distribuído por ação:

Setores para observar

O setor de energia, tradicionalmente forte na distribuição de dividendos, ainda não se destacou em 2024, mas promete movimentar o mercado na segunda metade do ano.

Finotti, da Meu Dividendo, menciona que empresas como CPFL Energia (CPFE3) e Cemig (CMIG3) podem liderar a distribuição de dividendos no setor elétrico.

Nos bancos, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) são apontados como boas opções, assim como Sanepar (SAPR4) e Copasa (CSMG3) no setor de saneamento básico.

A aversão ao risco no mercado resultou em preços baixos para ações que pagam dividendos, criando uma oportunidade atrativa para novos investidores.

Finotti destaca que esta é uma ótima chance para iniciar investimentos em dividendos, aproveitando a possibilidade de valorização dos papéis no médio a longo prazo.

Para montar uma carteira de dividendos sólida, é crucial focar no futuro das empresas e não apenas em seu histórico de distribuição.

Dividendos no bolso

📈 2024 tem tudo para ser um ano recorde na distribuição de dividendos, proporcionando uma excelente oportunidade para investidores.

Com a economia ainda em recuperação, o controle de custos e a redução de dívidas, as empresas brasileiras demonstram capacidade de recompensar seus acionistas de maneira robusta.

Ao observar os setores em crescimento e focar em empresas com projeções sólidas, investidores podem aproveitar ao máximo o potencial deste ano promissor.

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