2 ações entram em conflito com a Petrobras e saem perdendo; veja
Petróleo dispara mais de 4% e eleva petroleiras, mas rebaixa distribuidoras de combustíveis

📉 As ações de duas companhias brasileiras listadas na B3, diretamente ligadas ao mercado de petróleo, derrapavam mais de 3% cada nesta quinta-feira (3), apesar do barril da commodity disparar mais de 4%, acima dos US$ 77, após intensificar o conflito no Oriente Médio.
Pois é, enquanto as petroleiras Petrobras (PETR4) e Prio (PRIO3) eram um dos poucos a subirem em um dia de perdas do Ibovespa, em contrapartida, as ações das distribuidoras de combustíveis Ultrapar (UGPA3) e Vibra Energia (VBBR3) operavam no vermelho.
Conforme os analistas da Ativa Investimentos, as ações de ambas as distribuidoras entraram em conflito com a Petrobras, apesar da valorização do petróleo no mercado internacional beneficiar esse setor da bolsa de valores brasileira.
"As distribuidoras de combustíveis Ultrapar e Vibra Energia amargam forte queda na B3, pois podem estar lincadas com um pessimismo em relação à possibilidade de redução de preços de combustíveis no país, que em teoria perdem força com o repique nos preços de petróleo, mas que, na prática, são de discricionariedade da Petrobras", destaca a corretora, em nota obtida pelo Investidor10.
Isso porque a estatal pode determinar um preço para a gasolina e diesel comercializados no Brasil entre o seu valor marginal e o custo de aquisição dos seus clientes, que, efetivamente, pode guardar alguma distância dos preços implícitos pela paridade de importação.
Ou seja, neste pregão, os investidores estão antecipando eventuais prejuízos que UGPA3 e VBBR3 possam ter na comercialização de combustíveis, enquanto o petróleo tem oscilado bastante no curto prazo.
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Por que o petróleo sobe mais de 4% hoje?
O petróleo tipo Brent, referência internacional para as empresas brasileiras, saltava 4,5% na Bolsa de Londres, cotado a US$ 77,21 por barril. A commodity está bem acima do seu fundo em 2024, que foi de US$ 69,19 no último dia 10 de setembro.
💣 Para os analistas da Ativa, a disparada do petróleo é decorrente de preocupações oriundas do Oriente Médio e com os movimentos que o Irã pode fazer no sentido de limitar a movimentação de embarcações no Estreito de Ormuz, que concentra cerca de 20% do fluxo de petróleo mundial.
Também acontece ao mesmo tempo, dúvidas do mercado sobre a demanda pela commodity nos Estados Unidos, que registrou estoques maiores que o esperado na última semana e com a OPEP+ (cartel que reúne os maiores produtores de petróleo do mundo) mantendo a flexibilização das restrições de oferta a partir de dezembro.
"Em suma, não fossem estes movimentos, os preços de petróleo poderiam estar evoluindo ainda mais", concluem.

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