Correios devem entrar em greve na véspera da Black Friday

Findect anunciou que a greve não tem prazo determinado de duração; varejo deve sofrer impacto

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Publicado em 22/11/2023 às 14:46h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 22/11/2023 às 14:46h Atualizado 3 meses atrás por Juliano Passaro
(Shutterstock)
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A Findect (Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios) anunciou, nesta quarta-feira (22), que os Correios devem entrar em greve a partir desta quinta-feira (23). A data escolhida para a greve antecede a Black Friday, importante época para empresas do varejo.

De acordo com informações da Findect, a paralisação dos Correios contará com 40% do efetivo nacional da empresa e 60% do fluxo postal do País.

O anúncio inicial da greve envolve apenas os sindicatos das cidades de São Paulo e Bauru e os estados do Rio de Janeiro, Tocantins e Maranhão.

Outros sindicatos podem aderir à greve, após as assembleias marcadas para a noite desta quarta-feira (22) e quinta (23). Os funcionários reivindicam um aumento salarial para a categoria base, no valor de R$ 250. A categoria também exige melhores condições de trabalho.

Black Friday e o varejo nacional

A CNC (Confederação Nacional do Comércio) informou, recentemente, que a Black Friday de 2023 deve totalizar R$ 4,64 bilhões em faturamento, o que representaria um aumento de 4,3% na comparação com o ano passado.

Empresas com capital aberto, inclusive, usam a Black Friday para aumentarem o faturamento. O Magazine Luiza (MGLU3), por exemplo, espera aumentar em sete vezes o volume de pedidos nesta operação, segundo informações da "Forbes".

A Casas Bahia (BHIA3) também tem investido na data. Desde o dia 27 de outubro, a varejista colocou alguns produtos com preços descontados, com o intuito de antecipar os descontos da Black Friday e dar mais tempo ao consumidor para a aquisição dos produtos.