1,8 milhão de entregadores de aplicativos anunciam greve para esta semana; veja os dias

Entregadores pedem, entre outras coisas, taxa mínima de R$ 10 por entrega.

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Publicado em 31/03/2025 às 11:24h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 31/03/2025 às 11:24h Atualizado 1 dia atrás por Wesley Santana
Uber é um dos aplicativos de entrega em operação no Brasil (Imagem: Shutterstock)
Uber é um dos aplicativos de entrega em operação no Brasil (Imagem: Shutterstock)

Os entregadores de aplicativos anunciaram uma greve para esta segunda (31) e terça-feira (1º). O motivo do movimento -apelidado de Breque dos APPS- é a reivindicação por melhores condições de trabalho e aumento da remuneração paga pelas plataformas.

🛵 A paralisação foi organizado por entidades que representam os trabalhadores, com expectativa de que até 1,8 milhão deles adiram à mobilização. Entre as principais reivindicações, os entregadores pedem a fixação de uma taxa mínima de R$ 10 por entrega e aumento do valor pago por cada quilômetro rodado.

Por meio de nota, a Amobitec (Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia), que representa as principais plataformas de delivery, disse que respeita o direito à livre manifestação. A entidade destacou, ainda, que mantém canais de diálogo com os entregadores e ressaltou que a renda média deles foi de R$ 31,33 por hora no ano passado.

“A Amobitec defende a regulamentação do trabalho por aplicativos, visando a proteção social dos trabalhadores e a segurança jurídica das atividades. A paralisação dos entregadores pode causar atrasos e transtornos nos serviços de entrega em São Paulo”, completa a nota.

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A mobilização é orquestrada para o mesmo momento em que o Ministério do Trabalho discute a regulamentação da categoria como atividade autônoma. O texto do governo federal prevê algumas regras trabalhistas, mas tira a possibilidade de vínculo empregatício sob o regime CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).

O projeto do MTE prevê os seguintes termos: contribuição ao INSS de 7,5% sobre parte dos rendimentos; remuneração mínima proporcional ao salário mínimo; direito à sindicalização; contribuição patronal à Previdência pelas plataformas.

Mototaxi em SP

Na cidade de São Paulo, a regulamentação do serviço de mototáxi continua sendo uma controvérsia. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) continua tendo a postura contundente de proibição do serviço dentro do município, classificando-o como uma “carnificina”.

“Os óbitos no trânsito na cidade de São Paulo estão diminuindo, mas, infelizmente, os com motos estão aumentando. Por isso a importância da faixa azul, recapeamento das vias, troca de semáforos e lutar com todas as forças para impedir que a Uber e a 99 façam uma carnificina na cidade, ao ofertar o serviço de mototáxi”, disse Nunes, em entrevista na última semana.

Como alternativa a isso, o chefe do Executivo sugeriu a adesão ao modelo de tuk-tuks, que, de acordo com o grupo especializado de estudo, seria uma opção menos perigosa de transporte individual. Esse é um modelo de triciclo como capacidade para duas ou três pessoas, usado como meio de transporte sobretudo em países asiáticos e com alta densidade populacional.