Tesouro Direto: guia para quem deseja investir em títulos públicos

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Publicado em 15/12/2023 às 19:23h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 15/12/2023 às 19:23h Atualizado 3 meses atrás por Redação
Quanto rende R$ 1.000,00 no Tesouro Direto
Quanto rende R$ 1.000,00 no Tesouro Direto

Em um cenário financeiro marcado pela busca por opções de investimento sólidas e acessíveis, o Tesouro Direto surge como uma alternativa atrativa para investidores que buscam segurança, diversificação e rentabilidade. Neste artigo, vamos esclarecer dúvidas importantes e explicar tudo o que você precisa saber sobre o Tesouro Direto, de como investir, a aspectos como vantagens, impostos e rentabilidade. Se você procura uma aplicação de renda fixa segura, com alta liquidez e capaz de fazer o seu dinheiro render, continue conosco e acompanhe esse conteúdo até o final.

O que é Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é uma aplicação financeira de renda fixa, onde os investidores compram títulos emitidos pelo governo federal, e em troca, recebem uma remuneração em juros, que pode ser pré-fixada, híbrida ou pós-fixada. Essa é uma aplicação financeira muito procurada, por ser de baixo risco, acessível a todos os perfis de investidor e com custos reduzidos, quando comparada a outras modalidades de investimento. Curiosidade: Ao investir no Tesouro Direto, você não estará apenas fazendo o seu dinheiro render, mas também, emprestando recursos para que o governo financie suas atividades.

Como investir no Tesouro Direto?

Como investir no Tesouro Direto?

Como investir no Tesouro Direto? O Tesouro Direto funciona como um programa de investimento oferecido pelo Tesouro Nacional brasileiro, que se tornou conhecido por permitir que pessoas físicas comprem títulos públicos federais de forma direta. O processo é relativamente simples e envolve os seguintes passos: 1.Cadastro em uma corretora ou banco: Para começar, o investidor precisa ter conta em uma corretora de valores ou em um banco que atue como agente de custódia do Tesouro Direto. 2.Escolha do título: Na sequência, é preciso escolher o tipo de título que deseja adquirir. Existem diversas opções, como o Tesouro Selic, o Tesouro IPCA e o Tesouro Prefixado. 3.Compra dos títulos: Por fim, o investidor deve acessar a plataforma da sua corretora de valores ou banco, para enviar uma ordem de compra, informando o tipo de título que deseja adquirir e o valor da aplicação. O Tesouro Direto é uma alternativa segura de investimento em renda fixa, sendo, portanto, uma opção muito indicada pelos especialistas para quem está começando a investir ou que deseja construir uma reserva de emergência.

Quais são as vantagens de investir no Tesouro Direto?

Investir no Tesouro Direto é uma decisão cercada de vantagens, dentre as quais, podemos destacar:

  • Acessibilidade: O Tesouro Direto é acessível a investidores com diferentes perfis, desde iniciantes até os mais experientes. Além disso, o investimento mínimo é baixo, permitindo que mesmo pequenos investidores participem.
  • Baixo risco: Os títulos públicos são considerados de baixo risco, uma vez que são emitidos pelo governo federal. Isso confere uma segurança maior em comparação com outros tipos de investimento.
  • Rentabilidade atrativa: Mesmo sendo considerados investimentos de baixo risco, os títulos do Tesouro Direto podem oferecer uma rentabilidade atrativa, principalmente quando a taxa Selic está alta.
  • Flexibilidade: Os investidores têm a flexibilidade de escolher entre diferentes prazos de vencimento e tipos de títulos, permitindo a adequação do investimento aos objetivos de curto, médio ou longo prazo.
  • Facilidade de compra e venda: A compra e venda de títulos é realizada de forma simples e direta por meio das plataformas online oferecidas por corretoras ou bancos.
  • Liquidez: Os títulos podem ser resgatados a qualquer momento. No entanto, para não correr o risco de ficar no prejuízo, o ideal é que você mantenha os investimentos até o final do prazo.
  • Transparência: O Tesouro Direto oferece informações claras e transparentes sobre os títulos disponíveis, suas características e rentabilidades, permitindo que os investidores tomem decisões fundamentadas.

Apesar das vantagens listadas, é importante que os investidores considerem suas metas financeiras, horizonte de investimento e tolerância ao risco ao optar pelo Tesouro Direto. Buscar conhecimento sobre os diferentes tipos de investimentos disponíveis lhe ajudará na tomada de decisões mais alinhadas com os seus objetivos pessoais.

Quais são os títulos do Tesouro Direto?

O Tesouro Direto oferece diferentes opções em tipos de títulos para quem deseja investir, dentre eles:

Tesouro Selic

  • Os títulos Tesouro Selic são títulos pós-fixados que possuem rentabilidade atrelada à Taxa Selic. A Taxa Selic é a taxa básica de juros da economia.
  • É o investimento ideal para quem quer começar a investir no Tesouro Direto.

Tesouro Prefixado

  • Os títulos prefixados são aqueles que têm taxa de juros fixa, ou seja, você já conhece no momento do investimento.
  • É o investimento ideal para quem quer saber exatamente o valor que receberá ao final da aplicação, no vencimento do título.

Tesouro IPCA

  • A rentabilidade desse título está atrelada à inflação, medida pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA.
  • Esse título oferece rendimento igual à variação da inflação mais uma taxa prefixada de juros.

Tesouro Renda+

  • É o novo título do Tesouro Direto, pensado para te ajudar a planejar sua aposentadoria complementar.
  • Diferente dos demais títulos, com o RendA+ você irá resgatar seu investimento em 240 parcelas, assim receberá um valor mensal durante 20 anos.

Tesouro Educa+

  • Voltado para despesas com educação, nesta modalidade, você irá resgatar seu investimento no decorrer de 5 anos.
  • Essa é a modalidade ideal para quem deseja investir na educação dos filhos, e com isso, busca uma opção para se planejar e pagar a faculdade no futuro.

Para cada categoria de título, é possível encontrar opções com diferentes taxas e prazos de vencimento.

Qual a rentabilidade do Tesouro Direto?

Qual a rentabilidade do Tesouro Direto?

Qual a rentabilidade do Tesouro Direto? A rentabilidade oferecida pelos títulos do Tesouro Direto pode ser do tipo pré-fixada, híbrida ou pós-fixada.

  • Títulos prefixados: Nos títulos pré fixados o investidor garante uma rentabilidade anual, e sabe exatamente quanto vai receber ao final do prazo de aplicação. Ex: 10,24% ao ano.
  • Tesouro Selic: A rentabilidade desse tipo de título acompanha a evolução da taxa Selic, e, portanto, é do tipo pós-fixada, podendo variar para baixo ou para cima.
  • Tesouro IPCA: Esse tipo de título paga ao investidor a variação do IPCA no período mais uma taxa fixa de juros, sendo, portanto, um título de rentabilidade híbrida. Ex: IPCA + 5,50%.

No site do Tesouro Direto, você pode fazer uma série de simulações para identificar qual é o tipo de título que melhor se alinha aos seus objetivos.

Quais são os custos para investir no Tesouro Direto?

Os custos associados ao investimento no Tesouro Direto são relativamente baixos em comparação com outras opções de investimento, mas é importante compreendê-los para avaliar a rentabilidade líquida. Confira!

  • Taxa de administração ou corretagem: O banco ou corretora pode cobrar uma taxa de administração ou corretagem sobre o valor das aplicações no Tesouro. No entanto, a maior parte já oferece taxa zero.
  • Taxa de custódia: Uma taxa de custódia de 0,20% ao ano é cobrada pela B3, com o objetivo de custear as operações dessa modalidade de investimento. Estão isentas as aplicações de até R$ 10 mil no Tesouro Selic.

Quais são os impostos para quem investe no Tesouro Direto?

Quem investe no Tesouro Direto está sujeito a contribuir para o Imposto de Renda com base na tabela regressiva e para o IOF, esse último, apenas nos resgates com prazo de aplicação inferior a 30 dias.

Imposto de Renda

A tributação do Imposto de Renda sobre os rendimentos de títulos do Tesouro segue a tabela regressiva, cuja alíquota varia de acordo com o prazo em que o investidor mantém a aplicação. Veja:

Prazo Alíquota
Até 180 dias 22,5%
De 181 a 360 dias 20%
De 361 a 720 dias 17,5%
Acima de 720 dias 15%

IOF

Por sua vez, o IOF é um tributo que incide apenas sobre o rendimento em aplicações de curto prazo, ou seja, com resgate em até 30 dias. Na prática, isso acontece, pois, a alíquota é decrescente ao longo do tempo, zerando com 30 dias.

Dias Alíquota Dias Alíquota Dias Alíquota
1 96% 2 93% 3 90%
4 86% 5 83% 6 80%
7 76% 8 73% 9 70%
10 66% 11 63% 12 60%
13 56% 14 53% 15 50%
16 46% 17 43% 18 40%
19 36% 20 33% 21 30%
22 26% 23 23% 24 20%
25 16% 26 13% 27 10%
28 6% 29 3% 30 0%

A cobrança do IOF é uma forma de desestimular o resgate dos recursos em menos de 30 dias, por parte dos investidores.

Qual é o prazo de liquidação do Tesouro Direto?

De acordo com o Tesouro Direto, o prazo para liquidação das transações segue as seguintes regras: Liquidação na compra:

  • Aplicação realizada em dias úteis (de 0h00 às 18h00): Liquidação a partir das 18h do 1º dia útil após a solicitação de aplicação.
  • Aplicação realizada em dias úteis (de 18h00 às 0h00), finais de semana ou feriados: Liquidação a partir das 18h do 2º dia útil.
Liquidação na venda:
  • Resgate realizado em dias úteis (de 9h30 às 13h00): Liquidação a partir das 13h do mesmo dia de resgate.
  • Resgate realizado em dias úteis (de 13h00 às 18h00): Liquidação a partir das 13h do 1º dia útil após a solicitação de resgate;
  • Agendamento de resgate (de 18h00 às 5h00, finais de semana e feriados): Liquidação a partir das 13h do 1º dia útil.

Qual o valor mínimo e máximo para investir no Tesouro Direto?

Valor mínimo:

O valor mínimo para começar a investir no Tesouro Direto é de R$ 30,00, o que torna a aplicação financeira bastante acessível. Valor máximo: Por sua vez, o limite máximo de investimento por pessoa é de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) por mês.

Qual o horário de funcionamento do Tesouro Direto?

O horário de funcionamento do Tesouro Direto é estabelecido da seguinte forma:

  • As aplicações e os resgates podem ser feitos nos dias úteis, em horário comercial, das 9h30 às 18h.
  • Das 18h às 5h, e nos finais de semana ou feriado, os preços e taxas exibidos no site do Tesouro Direto são apenas para referência. É possível realizar investimentos e resgates, mas serão considerados os preços e taxas de abertura do mercado do próximo dia útil.
  • Nos dias úteis, das 5h às 9h30, o sistema fica em manutenção.

Investir no Tesouro Direto é seguro?

Sim. Investir no Tesouro Direto é considerado seguro, e os títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional são considerados de baixo risco. Existem algumas razões que sustentam essa visão de segurança: Emissor: Os títulos do Tesouro Direto emitidos são pelo governo federal, o que os torna o risco de crédito associado a esses títulos é muito baixo, já que se baseia na capacidade do governo de honrar seus compromissos financeiros. Custódia segura: A custódia de títulos é realizada por entidades confiáveis, como a B3 (Bolsa de Valores do Brasil) e a CETIP (Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos), garantindo a segurança e a integridade dos ativos. Renda fixa: Os títulos do Tesouro Direto são ativos de renda fixa, o que significa que oferecem previsibilidade nos pagamentos de juros e no retorno do investimento. Liquidez: Os títulos do Tesouro Direto possuem boa liquidez, o que significa que podem ser comprados e vendidos com facilidade, mesmo antes do vencimento programado.

Tesouro Direto tem garantia do FGC?

O FGC, ou Fundo Garantidor de Créditos, é uma entidade privada brasileira, sem fins lucrativos, que tem como objetivo proteger os investidores em caso de dificuldades financeiras de uma instituição financeira associada. Em caso de falência de uma instituição financeira associada, o FGC atua na devolução dos recursos aos investidores dentro dos limites pré-estabelecidos. A cobertura contempla:

  • Depósitos à Vista;
  • Depósitos de Poupança;
  • Certificados de Depósito Bancário (CDB);
  • Recibos de Depósitos Bancários (RDBs);
  • Letras de Câmbio (LC);
  • Letras Imobiliárias (LI);
  • Letras Hipotecárias (LH);
  • Letras de Crédito Imobiliário (LCI);
  • Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).

Por sua vez, os títulos do Tesouro Direto não possuem garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Na prática, isso acontece, pois, esses títulos são emitidos pelo próprio governo federal, que é o seu garantidor.

Quanto rende R$ 1.000,00 no Tesouro Direto?

Para saber quanto rende R$ 1.000,00 ou qualquer outro valor no Tesouro Direto, você pode utilizar o simulador disponível no próprio site do Tesouro. Veja o exemplo abaixo, com base em uma aplicação no Tesouro Direto 2026, no valor de R$ 1.000,00 realizada na data de publicação deste artigo: quanto-rende-1000-no-tesouro-direto Quanto rende R$ 1.000,00 no Tesouro Direto[/caption] Uma forma de potencializar o resultado da aplicação, consiste no investimento de um montante inicial, combinado com aportes mensais. Veja o exemplo abaixo, com base em uma aplicação no Tesouro Direto 2026, no valor de R$ 1.000,00 realizada na data de publicação desse artigo, combinada com aportes mensais de R$ 100,00: Quanto rende R$ 1000 reais no Tesouro Direto, com aportes mensais de R$ 100,00. Quanto rende R$ 1.000,00 reais no Tesouro Direto, com aportes mensais de R$ 100,00.[/caption]

Vale a pena investir no Tesouro Direto?

A decisão de investir no Tesouro Direto, como em qualquer outro tipo de investimento, depende dos objetivos financeiros, perfil de risco, horizonte de investimento e necessidades individuais de cada investidor. No entanto, esse tipo de aplicação financeira conta com uma série de pontos positivos, incluindo: Baixo risco: Os títulos do Tesouro Direto são considerados de baixo risco, pois são emitidos pelo governo federal. Acessibilidade: O Tesouro Direto é acessível a investidores de diferentes perfis, com baixos valores de investimento inicial. Liquidez: Os títulos possuem boa liquidez, possibilitando o resgate antecipado em caso de necessidade. Diante disso, a maior parte dos economistas e educadores financeiros, defende que vale a pena investir no Tesouro Direto, principalmente quem se considera um investidor do tipo conservador ou que deseja construir uma reserva de emergência. Para mais conteúdos sobre educação financeira e investimentos, continue acompanhando o nosso blog e antes de sair, não se esqueça de seguir o Investidor 10 nas redes sociais!

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