Quais investimentos possuem garantia do FGC - Fundo Garantidor de Crédito?

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Publicado em 24/09/2023 às 11:29h - Atualizado 7 meses atrás Publicado em 24/09/2023 às 11:29h Atualizado 7 meses atrás por Redação
Quais investimentos possuem garantia do FGC - Fundo Garantidor de Crédito
Quais investimentos possuem garantia do FGC - Fundo Garantidor de Crédito

Entender quais investimentos possuem garantia do FGC - Fundo Garantidor de Crédito, é um passo fundamental para minimizar riscos. Você já pensou no que aconteceria se o banco onde você mantém sua conta bancária e aplicações financeiras decretasse falência? Por mais que isso seja difícil de acontecer, não é impossível, principalmente em períodos de crise financeira. É nessa hora que você vai precisar recorrer ao FGC. No entanto, antes de mais nada, é preciso entender como ele funciona.

O que é Fundo Garantidor de Crédito - FGC?

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que tem por objetivo, proteger correntistas e investidores, garantindo a restituição de depósitos ou investimentos mantidos em instituições financeiras que venham a enfrentar problemas de solvência. Devido a sua função, o FGC é um elo fundamental para garantir a estabilidade do sistema financeiro e proteger os pequenos depositantes e investidores. Na prática, a existência do FGC aumenta a confiança do público no sistema financeiro, pois mesmo em caso de falência de uma instituição financeira, os depositantes e investidores sabem que seus fundos (dentro dos limites garantidos) estão protegidos. No entanto, conforme veremos na sequência, o FGC possui limites de valores e não cobre todos os tipos de aplicações financeiras.

Quem financia o FGC?

Quem financia o FGC?

Quem financia o FGC? O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é financiado pelas próprias instituições financeiras associadas a ele. Estas instituições são obrigadas a contribuir regularmente para o fundo. São contribuintes obrigatórios do FGC:

  • Caixa Econômica Federal;
  • Bancos múltiplos;
  • Bancos comerciais;
  • Bancos de investimento;
  • Bancos de desenvolvimento;
  • Sociedades de crédito, financiamento e investimento;
  • Sociedades de crédito imobiliário;
  • Companhias hipotecárias;
  • Associações de poupança e empréstimo.

As instituições em questão são obrigadas a repassar mensalmente, o equivalente a 0,01% de todas as aplicações e depósitos elegíveis que estão depositados sob sua custódia.

Qual o valor máximo da garantia do FGC?

O FGC oferece cobertura e garantia para até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ mantido em cada instituição financeira associada ao fundo. Além disso, é importante destacar que desde 2017, existe um limite de 1 milhão em ressarcimentos para o mesmo CPF ou CNPJ a cada 4 anos. Sendo assim, sempre que um investidor recebe do FGC algum valor referente à garantia, esse montante é descontado do limite de R$ 1 milhão, e o contador de 4 anos é reiniciado.

Quais investimentos possuem garantia do FGC?

Quais investimentos possuem garantia do FGC?

Quais investimentos possuem garantia do FGC? O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) garante uma série de investimentos realizados no ambiente do sistema financeiro nacional. Conheça os investimentos que possuem garantia do FGC:

  • Depósitos à Vista (valores depositados nas contas correntes das instituições financeiras);
  • Depósitos de Poupança;
  • Certificados de Depósito Bancário (CDB);
  • Recibos de Depósitos Bancários (RBDs);
  • Letras de Câmbio (LC);
  • Letras Imobiliárias (LI);
  • Letras Hipotecárias (LH);
  • Letras de Crédito Imobiliário (LCI);
  • Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).

Quais investimentos não possuem garantia do FGC?

Embora o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) garanta uma série de investimentos, muitos produtos do mercado financeiro não são cobertos por ele. Dentre os investimentos que não contam com garantia do FGC, podemos destacar:

  • Ações: Investimentos realizados diretamente na compra de ações de empresas listadas na bolsa de valores;
  • Fundos de Investimento: Independentemente da categoria (Fundos DI, Fundos de Ações, Fundos Imobiliários, etc.);
  • Debêntures: São títulos de dívida emitidos por empresas não financeiras para captar recursos.
  • Cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC): São fundos que investem em direitos creditórios, como recebíveis de cartão de crédito.
  • CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio): São títulos de securitização que têm como lastro créditos imobiliários ou do agronegócio.
  • Títulos Públicos: Investimentos em títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, adquiridos via Tesouro Direto ou no mercado secundário.
  • Previdência Privada: Tanto os planos PGBL quanto os VGBL não são garantidos pelo FGC.
  • Moedas Estrangeiras: A compra de moedas como dólar, euro, entre outras, seja em espécie ou em contas de depósito, não é protegida pelo FGC.
  • Derivativos: Instrumentos financeiros cujo preço deriva de outros ativos, como opções e contratos futuros.
  • Ouro e Metais Preciosos: Investimentos em ouro ou outros metais na modalidade ativo financeiro não contam com a garantia do FGC.

Diante disso, leve em consideração que ao analisar um investimento, é fundamental entender os riscos e se existe algum tipo de garantia associada, seja do FGC ou de outras entidades. Também é importante diversificar os investimentos, equilibrando sua carteira entre ativos mais e menos arriscados, de acordo com seu perfil de investidor e objetivos financeiros.

Por que o tesouro direto não possui garantia do FGC?

Por que o tesouro direto não possui garantia do FGC?

Por que o tesouro direto não possui garantia do FGC? O Tesouro Direto não possui garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) porque os títulos do Tesouro Direto são emitidos pelo Tesouro Nacional, que é o órgão do governo federal responsável pela gestão da dívida pública. Na prática, ao investir em títulos do Tesouro Direto, você está, essencialmente, emprestando dinheiro para o governo brasileiro. Confira algumas razões pelas quais o Tesouro Direto não precisa da garantia do FGC: Credor Sólido: O governo brasileiro é considerado o credor mais sólido do país. A possibilidade de o governo federal dar um calote em sua dívida interna é vista como extremamente baixa. O governo tem mecanismos para levantar recursos, como aumentar impostos ou emitir mais moeda (embora essas ações possam ter consequências econômicas). Propósito do FGC: O FGC foi criado para proteger os investidores contra a insolvência de instituições financeiras privadas, como bancos, cooperativas de crédito e outras entidades similares. O governo, no entanto, opera sob uma dinâmica financeira diferente das instituições privadas. Risco soberano: O risco associado à dívida de um governo é chamado de risco soberano. No caso do Brasil, embora existam desafios fiscais, o risco soberano é considerado administrável, especialmente em relação à dívida em moeda nacional. Sendo assim, enquanto o FGC protege os investidores de possíveis falências no setor bancário privado, o Tesouro Direto é respaldado pela credibilidade e capacidade de pagamento do governo federal.

Como receber do FGC?

Se uma instituição financeira associada ao FGC (Fundo Garantidor de Crédito) enfrentar problemas de solvência ou for liquidada, os correntistas e investidores elegíveis recebem os valores garantidos pelo FGC. O processo de recebimento é geralmente automático e não requer ação imediata dos investidores, mas é importante conhecer o procedimento:

  • Comunicação oficial: Em caso de intervenção, liquidação ou falência de uma instituição associada, o Banco Central do Brasil (BCB) divulgará um comunicado oficial.
  • Dados bancários: Na sequência, o FGC providenciará o depósito dos valores em conta corrente ou poupança da mesma titularidade da pessoa física ou jurídica alcançada pela garantia.
  • Tempo de pagamento: Geralmente, os pagamentos das garantias pelo FGC ocorrem em um curto período após a decretação da liquidação da instituição, mas o tempo exato pode variar dependendo da complexidade da situação.

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