Economia brasileira: Como investir em meio à segunda onda?
Durante a pandemia há setores que se beneficiam e aqueles que mais sofrem. Foto por Freepik.[/caption]
Quais setores da economia brasileira estão mais em risco nesse momento?
Economia brasileira: É inegável que a pandemia da Covid-19 afeta cada parcela da economia brasileira. Contudo, podemos citar alguns setores que estão mais fragilizados nesse momento.Em síntese, o Brasil é umpaís importador industrial e exportador agropecuário. Não desenvolvemos uma indústria interna forte, mas investimos na agropecuária e na exportação de commodities (produtos que são matéria-prima). Assim, a economia brasileira depende dos países produtores. Isso é importante para compreendermos o otimismo de alguns especialistas quanto ao ano de 2021. Considerando que muitos países de primeiro mundo já vacinaram grande parte da população, a expectativa é que essas nações retomem suas atividades, voltando a normalidade ainda esse ano. Via de regra, o setor terciário (prestação de serviços) e algumas áreas do setor secundário (indústria) estão mais fragilizados. O setor que se manteve em alta desde o início da pandemia foi o primário. Como dito anteriormente, a agricultura, a pecuária e o extrativismo (mineral ou vegetal) são os pilares da economia brasileira.
Economia brasileira: A segunda onda trouxe riscos de endividamento?
Economia brasileira: Com toda certeza! Mas, vale destacar que os riscos de endividamento, assim como prejuízo nos investimentos, sempre existiram. O que podemos afirmar é que a pandemia da Covid-19 potencializou esses riscos, da mesma forma que prejudicou a rentabilidade de muitos investimentos.Só para ilustrar, vejamos o que é segunda onda da pandemia. Em suma, segunda onda é quando ocorre um momento de relativa estabilidade na transmissão e óbitos pelo coronavírus e, em seguida, vemos um novo aumento nessas taxas. A passagem da “relativa estabilidade” para o “aumento nas taxas” é o que marca o início de uma nova onda do vírus. No Brasil, em paralelo ao começo da segunda onda, vemos alguns outros eventos que refletem no aumento dos endividados. Ao final do primeiro trimestre de 2021, o Brasil registrou a marca recorde de 14,3 milhões de brasileiros desempregados. Ademais, também houve aumento no número de endividados. Em 2021, registra-se a marca de 66,5% das famílias brasileiras que estão rodeadas por dívidas. Dessa maneira, o planejamento financeiro, bem como saber quais investimentos para a crise poderão trazer bons retornos, é essencial.Nesses momentos a diversificação e manter-se fiel à estratégia é fundamental. Foto por Freepik.[/caption]
Dicas para investir em meio à segunda onda
Economia brasileira: 1 - Diversificar a carteira
Uma das melhores dicas de investimento para assegurar o bom retorno ao mercado financeiro é diversificar a carteira de investimentos. Segundo os especialistas da área, a diversificação é a melhor maneira de equilibrar os altos lucros com riscos mínimos.Principalmente durante a pandemia, em que há uma grande instabilidade sobre quais mercados voltarão a funcionar, não depender de um único ativo é fundamental para controlar sua rentabilidade.Por isso, busque equilibrar entre algunsinvestimentos de renda fixa e outros de renda variável. Não precisa ser nada que fuja do seu perfil de investidor, mas o suficiente para lhe conferir maior segurança.
Economia brasileira: 2 - Avaliar antes de comprar ativos
Para saber o risco de determinados investimentos, é crucial fazer uma avaliação prévia. Ou seja, conhecer o seu ativo, entender seu histórico de rentabilidade últimos meses/anos e saber mais sobre o negócio.Para facilitar sua vida, separamos três excelentes dicas para utilizar nas avaliações de ações:- Dividend Yeld: serve para indicar a quantidade de dividendos (lucros) que a empresa paga, tendo como base o número de ações de cada investidor. Assim, quanto maior for o índice, maior será a parcela do lucro que vai para os acionistas em vez de ficar na empresa.
- Índice P/L (preço por ação/lucro por ação): serve para indicar se uma ação está mais cara ou mais barata. É um cálculo simples, no qual é feita uma divisão do preço da empresa (valor de mercado) pelo lucro do último ano dividido pelo número de ações.
- Índice LC (liquidez corrente): serve para indicar a liquidez daquela empresa. Em outras palavras, mostrará se a empresa tem capacidade
3 - Manter-se fiel a sua estratégia e ao seu perfil de investidor
Nesse momento, evite jogadas arriscadas. Assim, espere a crise passar para pensar em mudar de estratégia. Para agora, o ideal é manter a estratégia já utilizada e preservando o seu perfil de investidor. Dada a instabilidade que ainda vivemos, garanta a estratégia que funciona para você. Isso não significa ficar completamente inerte durante toda a pandemia. Apenas implica em não mudar radicalmente de estratégia ou transitar de investidor conservador para arrojado, por exemplo.Isso porque a mudança pode vir em momento que a economia brasileira mude e você tenha grandes prejuízos ou perca ótimas oportunidades se tivesse se mantido fiel à sua estratégia. Monte um bom plano de investimento e se mantenha nele, pois é comum o portfólio ter períodos de altas e baixas. As variações fazem parte do jogo. O que difere o bom investidor é saber identificar se as variações no portfólio estão sendo causados pelo mercado como um todo ou pela estratégia adotada.
4 - Não se desesperar com as quedas
Quem já habita esse mercado sabe que ele vive de oscilações. Nos ativos de renda variável, como as ações, as quedas são constantes. Por isso, saber lidar com essa situação é fundamental.Nesse sentido, uma carteira diversificada será bastante útil. Investindo em fundos de renda fixa, no mercado de ações ou em fundos imobiliários, você assegura que as quedas pontuais não abalem toda sua rentabilidade.As quedas são normais na renda variável, em especial na pandemia. Avalie bem sua estratégia e conte com ajuda de assessores. Foto por Freepik.[/caption]
Quais investimentos se beneficiam com a crise?
Alguns investimentos acabam se beneficiando com a crise. Outros, apesar de não serem beneficiados agora, quando a crise acabar e a economia brasileira voltar a crescer, serão fortemente impulsionados. Por exemplo, os investimentos ligados ao setor da saúde, setores impactos pelo dólar, setor elétrico e varejo estão entre as melhores opções. Além disso, os fundos DI e os títulos públicos (pós-fixados) são uma boa opção para momentos de crise. Para aqueles que já investem em Fundos de Ouro e Fundos Cambiais, o ideal é fortalecer a carteira.Enfim, manter a carteira diversificada, ser cauteloso na compra/venda de ativos e ser fiel na sua estratégia de investimento são aspectos fundamentais para investir na economia brasileira em 2021.Não esqueça de que é fundamental muito estudo antes de investir. Em meio a tanta incerteza, conhecer a fundo sobre o mercado, a empresa e o ativo são cruciais para a tomada de decisões. Por isso, nós da Investidor10 temos diversos cursos de investimentos para você se aprofundar e ser um melhor investidor. Confira mais aqui.