Petz (PETZ3) e Cobasi: Cade aprova fusão, mas só com a venda de 26 lojas
Lojas ficam em São Paulo e respondem por 3,3% do faturamento da companhia combinada.
A XP Investimentos (XPBR31) elevou a sua participação na Petz (PETZ3). Com isso, passou a ser dona de mais de 10% do grupo pet.
📈 A XP passou a deter 50,194 milhões das ações da Petz, por meio de fundos de investimentos sob sua gestão. Com isso, a sua participação na empresa subiu de 9,88% para 10,85%.
Com isso, a empresa de Guilherme Benchimol tornou-se a segunda maior acionista da Petz, atrás apenas do CEO e fundador da empresa, Sergio Zimerman.
Em comunicado enviado nessa segunda-feira (28) à diretoria da Petz, a XP garantiu, contudo, que não tem a intenção de alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da empresa.
Antes dessa operação, o segundo maior acionista da Petz eram os fundos Kinea Private Equity V e Tefra Participações, com 10,35% de participação.
Apesar da maior exposição, a XP mantém uma recomendação neutra para as ações da Petz.
💲 Em relatório publicado em junho, analistas da casa disseram que a Petz deve continuar apresentando lucros fracos no curto prazo.
No primeiro trimestre deste ano, por exemplo, o lucro líquido ajustado da Petz despencou 86,7%, para R$ 1,06 milhão.
Para a XP, foi um resultado fraco, com "crescimento ainda moderado da receita e deterioração da rentabilidade, devido a desalavancagem operacional e desafios temporários no CD (Centro de Distribuição)".
Já o resultado do segundo trimestre será divulgado no próximo dia 7 de agosto.
A possível fusão com a Cobasi, no entanto, tem animado os investidores da Petz.
Para a XP, "a operação deve desbloquear sinergias, já que ambas as empresas possuem modelos de negócios similares, embora a otimização da presença física possa levar a baixas contábeis".
⚖️ Vale lembrar, contudo, que a fusão está empacada no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), por causa de um recurso da Petlove.
O Cade chegou a aprovar a fusão, sem restrições, em 2 junho. Contudo, a Petlove recorreu da decisão alegando que a fusão pode "trazer graves prejuízos" à concorrência e aos consumidores finais do segmento pet. Por isso, o caso agora deve ser levado ao Tribunal do Cade.
A Petlove avalia que "nenhum dos demais players que atuam no segmento pet será capaz de contestar o poder de mercado da Empresa Combinada".
"Ao contrário, a Operação levará à eliminação da única rivalidade existente e a Empresa Combinada ficará livre para aumentar preço, sem qualquer incentivo para repassar quaisquer eficiências ao consumidor", reclama.
A companhia pede, então, que a combinação de negócios seja reprovada pelo Cade ou, ao menos, receba alguns "remédios estruturais e comportamentais robustos, capazes de preservar a concorrência".
Petz e Cobasi rebateram a acusação e disseram que "confiam na decisão dos conselheiros, com base nos estudos feitos pela Superintendência-Geral do Cade".
Lojas ficam em São Paulo e respondem por 3,3% do faturamento da companhia combinada.
Segundo a petição, a Petlove argumenta ser a candidata mais qualificada para adquirir os ativos que forem colocados à venda.
As vendas no canal físico atingiram R$ 583,220 milhões, alta de 8,1%.
A proposta, que criaria um grupo com faturamento anual estimado em R$ 7 bilhões, tem enfrentado resistência de concorrentes como a Petlove.
O órgão concorrencial vai realizar um novo estudo sobre a estrutura do mercado de varejo pet.
Companhia diz que fusão trará "graves prejuízos" à concorrência e aos consumidores do segmento pet.
A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (2) e ainda precisa aguardar um prazo de 15 dias para eventuais contestações.
Petrobras e Petz são destaques nos primeiros minutos do pregão.
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