Wall Street tem maior alta desde 2020 com pausa tarifária; dólar cai para R$ 5,85
Apesar de iniciar o dia com sinais negativos, Wall Street virou a direção rapidamente após o anúncio.

🚨 A quarta-feira (8) foi marcada por uma reviravolta inesperada nos mercados globais após declarações de Donald Trump que acalmaram, ao menos temporariamente, os ânimos dos investidores.
O presidente dos Estados Unidos anunciou uma pausa de 90 dias na aplicação de novas tarifas a países que não retaliaram economicamente os EUA — o que provocou uma reação imediata e contundente nas bolsas internacionais.
Apesar de iniciar o dia com sinais negativos, Wall Street virou a direção rapidamente após o anúncio. Por volta das 14h30 (horário de Brasília), os principais índices dos EUA registravam fortes ganhos: o Nasdaq subia quase 8%, o S&P 500 se valorizava cerca de 7% e o Dow Jones avançava 6%.
Essa foi a maior alta diária desde março de 2020, período crítico da pandemia.
Na mesma linha, o dólar recuava 1,75% frente ao real, sendo negociado a R$ 5,90. Já o Ibovespa operava de forma mais moderada, com leve alta de 0,26%, aos 124.254 pontos.
O otimismo foi desencadeado pela publicação de Trump na plataforma Truth Social: “Autorizei uma PAUSA de 90 dias e uma tarifa recíproca substancialmente reduzida durante este período, de 10%, também com efeito imediato.”
Ao mesmo tempo, Trump decidiu endurecer o tom com a China, elevando as tarifas para 125%.
A medida sinaliza uma postura de enfrentamento direto com Pequim, enquanto abre espaço para negociações com outros parceiros comerciais.
Segundo o presidente americano, mais de 75 países procuraram autoridades americanas para buscar soluções sobre comércio, barreiras tarifárias e manipulação cambial, demonstrando disposição ao diálogo.
A resposta dos mercados foi rápida. Setores amplos do S&P 500 tiveram desempenho expressivo: empresas de tecnologia lideraram os ganhos, com destaque para Nvidia (NVDC34), AMD (A1MD34), Tesla (TSLA34) e outras fabricantes de chips, que subiram mais de 10%.
A Delta Air Lines (DEAI34) também avançou 15%, impulsionada pela sinalização de que a tensão comercial pode ser amenizada.
➡️Leia mais: Trump eleva para 125% tarifas contra a China e pausa cobrança a outros países por 90 dias
Em paralelo, a China reagiu com medidas próprias: anunciou um aumento de tarifas sobre produtos norte-americanos, elevando-as para 84%, com vigência a partir de 10 de abril.
A resposta veio após a Casa Branca ter imposto uma taxa de 104% sobre uma série de importações chinesas.
No mercado europeu, a história foi diferente. As bolsas fecharam no vermelho, refletindo incertezas mais amplas.
Londres caiu 2,92%, Paris recuou 3,34% e Frankfurt teve perda de 2,96%. O índice Euro Stoxx 50 encerrou o dia com queda de 3,31%.
Enquanto isso, investidores institucionais e de varejo nos EUA demonstraram otimismo. Só na primeira hora do pregão, foram mais de US$ 700 milhões em compras por traders de varejo, segundo dados do JPMorgan.
A mensagem de Trump — “este é um ótimo momento para comprar” — contribuiu para impulsionar essa movimentação. Apesar da euforia momentânea, o mercado segue atento aos desdobramentos.
Algumas empresas, como a Amazon (AMZO34), já começaram a rever estratégias de importação, cancelando pedidos de produtos asiáticos.
A Delta retirou sua orientação financeira para o ano, e o setor farmacêutico passou a operar em queda após Trump sinalizar que poderá aplicar tarifas significativas sobre medicamentos importados.
A imprevisibilidade do cenário, somada à retórica agressiva de Trump, torna difícil prever a durabilidade desse alívio nos mercados.
📈 Mas uma coisa é certa: a decisão de pausar tarifas reacendeu o apetite por risco — ainda que em um ambiente de extrema cautela.

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