Varejo brasileiro recua 0,5% no 3º trimestre, mas se recupera em setembro
Índice do Varejo Stone revela queda de 0,5% no 3º tri e recuperação pontual puxada pelo Norte do país.

Segundo dados do Índice do Varejo Stone, divulgado nesta segunda-feira (13), as vendas no comércio varejista apresentaram queda de 0,5% no terceiro trimestre de 2025. O resultado negativo é obtido na comparação com o mesmo período do ano passado.
O setor com o pior desempenho foi o que agrega os produtos de papelaria, que registrou um recuo de 4,3%. Móveis e Eletrodomésticos (-1,4%) e Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (-1%) também tiveram uma variação negativa importante, de acordo com o levantamento.
Já no levantamento que considera o desempenho mensal do varejo, o movimento foi no sentido contrário, com alta de 0,5% em setembro. Quando comparado com o mesmo mês do ano anterior, o resultado é de estabilidade, ainda de acordo com o IVS.
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Para Guilherme Freitas, economista e cientista de dados da Stone, mesmo com o resultado positivo, a leitura é de que as vendas no varejo ainda estão em processo de acomodação.
“O mês apresentou melhora frente a agosto, mas ainda não foi suficiente para reverter o cenário negativo do trimestre. O desempenho dos últimos três meses reforça essa dinâmica, pois o setor se manteve com resultado levemente negativo, refletindo um consumo mais contido e em linha com o que já havia sido observado no primeiro semestre, com queda acumulada de 0,5%”, pontua.
Há também uma diferença importante entre os resultados mapeados nos diferentes estados do país. Enquanto o Acre viu um crescimento de 6,5% no comparativo anual, no Rio Grande do Norte o recuo foi de quase 5%, o que mostra uma amplitude estatística superior a 11%.
“Na análise regional de setembro, o Norte se destacou novamente, com cinco dos sete estados apresentando crescimento no comparativo anual, indicando que a atividade varejista segue mais aquecida na região. O Sudeste teve comportamento misto, com pequenas altas e quedas, enquanto o Centro-Oeste registrou desempenho negativo em dois dos três estados, mais o Distrito Federal, refletindo menor dinamismo", disse Freitas.
"Já o Sul apresentou retração generalizada, e o Nordeste mostrou desempenho diverso, com altas no Piauí e no Ceará, estabilidade em Pernambuco e Bahia e queda nos demais estados da região, evidenciando que o ambiente econômico ainda segue desafiador em parte do país”, terminou o economista.

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