Value Investing x Growth Investing: Qual a estratégia ideal para você?
Entenda as diferenças entre Value Investing e Growth Investing e veja qual se adapta melhor ao seu perfil.
💲 No mundo dos investimentos em ações, duas estratégias se destacam por suas abordagens e objetivos distintos: o Value Investing e o Growth Investing.
Estas estratégias oferecem diferentes métodos para escolher em quais ações investir, baseadas em critérios específicos que atendem a diferentes tipos de investidores e seus objetivos financeiros.
Neste artigo, vamos explorar o que cada uma dessas estratégias envolve, suas principais diferenças, e como elas são aplicadas na prática.
Ao entender melhor esses métodos, investidores podem fazer escolhas mais informadas que alinham com seus planos de investimento de longo prazo.
A Origem e os Pioneiros do Value Investing
O Value Investing, uma abordagem que busca identificar ações subvalorizadas que representam um valor intrínseco superior ao seu preço de mercado, teve suas raízes plantadas firmemente durante as décadas de 1920 e 1930 por Benjamin Graham e David Dodd.
Esses visionários professores da Columbia Business School introduziram o conceito de "margem de segurança", uma tática defensiva para proteger os investidores contra erros de avaliação e períodos de baixo desempenho do mercado.
A estratégia ganhou notoriedade e refinamento nas mãos de Warren Buffett, um aluno de Graham, cujo investidor transformou o Berkshire Hathaway em um colosso financeiro.
Buffett aprimorou o conceito ao focar em "moats" (barreiras competitivas duráveis), que protegem as empresas de rivais e garantem lucros sustentáveis a longo prazo.
O megainvestidor personifica essa filosofia como poucos. Sua abordagem metódica e paciente para identificar oportunidades de investimento transformou-o em um ícone do mundo financeiro.
Para ele, investir não é apenas uma questão de números, mas sim de visão e convicção.
A Ascensão do Growth Investing
Contrastando com a busca por valor, o Growth Investing foca em empresas cujos lucros são esperados para aumentar a um ritmo acelerado, independentemente do preço atual das ações.
Esta estratégia foi popularizada na década de 1950 por investidores como Philip Fisher e, posteriormente, por figuras como Peter Lynch, que buscou empresas com potencial de crescimento 'escondido' que ainda não havia sido reconhecido pelo mercado.
O Growth Investing muitas vezes concentra-se em setores inovadores, como tecnologia, onde empresas como Amazon (AMZO34) e Google (GOGL34) reinvestem lucros para impulsionar um crescimento exponencial, muitas vezes em detrimento do pagamento de dividendos aos acionistas.
Ambas as estratégias sofreram evoluções significativas ao longo das décadas, adaptando-se a mudanças econômicas, inovações tecnológicas e novos entendimentos dos mercados.
Por exemplo, o advento da internet e da análise de big data transformou a pesquisa de investimentos, permitindo uma análise mais profunda e rápida que beneficia ambas as abordagens.
Value x Growth: Principais diferenças
📊 A principal distinção entre Value e Growth Investing reside em seu foco principal. O Value Investing procura segurança e preço subestimado, focando em empresas estabelecidas e em setores tradicionais.
Por outro lado, o Growth Investing procura empresas em ascensão, muitas vezes aceitando preços 'caros' por ações devido ao potencial de crescimento futuro significativo.
No cenário atual, as opiniões sobre essas estratégias são divididas.
Muitos argumentam que o ambiente de taxas de juros baixas que perdurou por anos favoreceu o Growth Investing, especialmente em setores como tecnologia e energias renováveis.
No entanto, com o aumento das taxas de juros e mudanças econômicas, alguns preveem um retorno ao favoritismo pelo Value Investing, especialmente em mercados voláteis e incertos.
Na prática, muitos investidores optam por uma abordagem combinada, adaptando suas estratégias para melhor se alinhar com seus objetivos de investimento, horizonte de tempo e tolerância ao risco.
Por exemplo, alguém próximo da aposentadoria pode inclinar-se para o Value Investing para proteger o capital, enquanto um jovem investidor pode preferir o Growth Investing para capitalizar sobre o crescimento a longo prazo.
Conclusão: Qual a melhor estratégia?
📈 Embora cada estratégia ofereça uma abordagem única e diferenciada para investir, é crucial que os investidores realizem uma reflexão detalhada e escolham uma filosofia de investimento que ressoe mais com seus próprios princípios e situação financeira.
A escolha entre Value e Growth não é uma questão de qual é superior, mas sim qual é a mais adequada para o investidor individual, seus objetivos e o clima econômico atual.
Assim, ao invés de buscar uma 'recomendação', os investidores devem buscar educação, compreensão e um ajuste personalizado às suas necessidades e visões de mundo financeiro.
21 ações que pagarão mais dividendos em 2025, segundo BTG Pactual
Veja a lista de companhias brasileiras que podem garantir uma boa renda passiva
Renda fixa isenta de IR: FS Bio recompra CRAs pagando IPCA+ 11% ao ano
Crise no crédito de empresas do agronegócio faz taxas dispararem e preços dos títulos caírem na marcação a mercado
Renda fixa isenta de IR está entre as captações favoritas das empresas em 2024
Emissão de debêntures e mercado secundário de renda fixa batem recordes entre janeiro e setembro, diz Anbima
Agora é a renda fixa que fará B3 (B3SA3) pagar mais dividendos
Genial Investimentos aponta avenidas de crescimento e preço-alvo da dona da bolsa de valores brasileira
Selic a 10,75%: Quanto rende o seu dinheiro em LCA e LCI
Saiba como está a rentabilidade da renda fixa bancária isenta de imposto de renda
Renda fixa isenta bate recorde em 2024 e só em novembro já são R$ 2,2 bi com pessoas físicas
Anbima revela que debêntures e CRIs foram os grandes responsáveis para que empresas captassem pico de R$ 677,3 bilhões nos últimos 11 meses
FI-Infra: Qual pagador de dividendos mensais está mais acima do Tesouro Direto?
Fundos de infraestrutura investem o dinheiro dos cotistas em debêntures, que estão pagando bem mais que a renda fixa do governo
Petroleira paga taxa equivalente a IPCA+ 9,50% ao ano em debêntures isentas
BTG Pactual vê oportunidade em renda fixa isenta de imposto emitida por empresa que acaba de se fundir na bolsa brasileira