Vale (VALE3) pode pagar ‘caminhão’ de dividendos após acordo bilionário; veja

Na última segunda-feira (31), a Vale anunciou a criação de uma joint venture em parceria com a Aliança Energia.

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Publicado em 01/04/2025 às 15:04h - Atualizado 12 horas atrás Publicado em 01/04/2025 às 15:04h Atualizado 12 horas atrás por Matheus Silva
A mineradora receberá cerca de US$ 1 bilhão pela transação (Imagem: Shutterstock)
A mineradora receberá cerca de US$ 1 bilhão pela transação (Imagem: Shutterstock)

💰 A Vale (VALE3) está consolidando sua posição financeira e aumentando as chances de um robusto pagamento de dividendos em 2025, mesmo diante de um cenário desafiador para o minério de ferro.

O impulso vem, principalmente, após o recente acordo firmado com a Global Infrastructure Partners (GIP), um dos maiores fundos de investimento em infraestrutura do mundo.

Na última segunda-feira (31), a Vale anunciou a criação de uma joint venture em parceria com a Aliança Energia, em um movimento que visa reforçar sua estrutura de capital e diversificar suas operações no setor de energia.

A mineradora receberá cerca de US$ 1 bilhão pela transação, mantendo 30% de participação na nova empresa, enquanto o GIP, controlado pelo gigante BlackRock, deterá os outros 70%.

O GIP administra atualmente um portfólio estimado em US$ 170 bilhões e possui ampla experiência em projetos de infraestrutura ao redor do globo.

A parceria visa impulsionar a eficiência operacional da Aliança Energia e explorar novas oportunidades de investimento no setor energético brasileiro.

Alto potencial de dividendos

Com o aporte financeiro proporcionado pelo acordo, a Vale ganha flexibilidade adicional para atingir sua meta de dívida líquida, que atualmente oscila entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões.

De acordo com analistas do BTG Pactual, essa movimentação é um ponto positivo para a mineradora, que poderá sustentar um dividend yield em torno de 10% ao longo do ano.

Apesar de um cenário global menos favorável para o preço do minério de ferro, a capacidade da Vale de gerar caixa e distribuir proventos sólidos continua a ser um atrativo importante para os investidores.

A ação da empresa (VALE3) subiu 1,59% por volta das 14h45 desta terça-feira (1), cotada a R$ 57,60, após uma alta de 1,86% no contrato de maio do minério de ferro na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE), na China.

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Perspectivas

Embora a ação da Vale registre uma valorização de 6,4% em 2025, o BTG Pactual (BPAC11) mantém uma recomendação neutra.

Segundo os analistas Leonardo Correa e Marcelo Arazi, as expectativas menos otimistas em relação ao minério de ferro justificam essa posição cautelosa.

No entanto, a análise aponta que os fundamentos da Vale estão evoluindo gradualmente, com avanços operacionais e mitigação de riscos relevantes.

A parceria com a GIP é vista como um passo estratégico que contribui para uma gestão mais robusta de seu portfólio e aumento da previsibilidade em relação ao pagamento de dividendos.

O acordo entre a Vale e o GIP reforça a capacidade da mineradora de continuar a oferecer dividendos atrativos aos seus acionistas, mesmo diante de um mercado desafiador.

📊 A joint venture com a Aliança Energia demonstra uma abordagem estratégica que pode fortalecer ainda mais sua posição financeira e abrir novas oportunidades de crescimento no setor energético.

VALE3

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