Vale (VALE3): Ministro pede "sensibilidade" sobre Mariana a novo CEO
Próximo presidente da Vale, Gustavo Pimenta tem como desafio fechar o acordo de reparação de danos relativo ao rompimento da Barragem de Fundão.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pediu "sensibilidade humana" ao próximo presidente da Vale (VALE3), Gustavo Pimenta, em relação ao acordo que visa a compensação dos danos causados pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana (MG).
🗣️ "Espero que o presidente, por ser mineiro, tenha sensibilidade humana de entender as necessidades de solucionar rapidamente, porque o governo federal tem a clareza de que é necessário fazer um acordo", afirmou Silveira, em conversa com jornalistas, nesta quarta-feira (28).
O ministro lembrou que o rompimento da barragem de Fundão, em 2015, "causou impactos sociais ambientais e pessoais, alguns irreparáveis". E afirmou que a Vale, por ser uma "referência do setor mineral do país", tem "obrigações sociais muito relevantes com a nação brasileira".
Silveira ainda comentou a importância da Vale para a transição energética, lembrando que a companhia detém o direito de exploração de muitos minerais críticos no Brasil, como nióbio, níquel e cobre, que são usados, entre outras coisas, em baterias de carros elétricos.
Acordo de Mariana
O poder público calcula que seriam necessários R$ 126 bilhões para a integral implantação das reparações e compensações relativas à barragem de Mariana. Governo e Vale, no entanto, não chegaram a um consenso sobre o valor a ser pago em um eventual acordo indenizatório.
💲 O Executivo já baixou o valor pedido para R$ 109 bilhões para financiar medidas de caráter ambiental e socioeconômico na área afetada pelo rompimento da barragem. Contudo, Vale, Samarco e BHP propuseram R$ 82 bilhões na última proposta, em junho.
O acordo sobre Mariana é apontado como um dos principais e mais urgentes desafios de Gustavo Pimenta, o próximo presidente da Vale.
Leia também: Lula indica Gabriel Galípolo para presidência do Banco Central; confira
Presidente da Vale
Atual vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale, Gustavo Pimenta foi escolhido na segunda-feira (26) para comandar a mineradora, no lugar de Eduardo Bartolomeo, a partir de 2025.
Ele foi eleito de forma unânime pelo Conselho de Administração da empresa, pondo fim a um longo e turbulento processo sucessório, que começou quando o governo federal tentou emplacar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para o cargo.
O nome de Gustavo Pimenta não teria enfrentado resistência no governo, apesar de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao modelo de "corporation" da Vale, no qual o controle da empresa é diluído entre os acionistas.
Na terça-feira (27), Lula disse que "nessa discussão que a gente está, de fazer um acordo para receber dinheiro de Mariana, o dinheiro que prometeram pro povo, você não tem dono".
O ministro de Minas e Energia também criticou o modelo de "corporation" nesta quarta-feira (28), dizendo que a ausência de um acionista de referência dificulta a relação com o poder pública e atrasa questões fundamentais para a sociedade como o acordo de Mariana.
Silveira, no entanto, mostrou simpatia pela escolha de Gustavo Pimenta. Segundo ele, a decisão demonstra o que o governo pensa, já que "a empresa resolveu dentro da sua governança".
Ele disse ainda que, com a escolha de Pimenta, a Vale deixa de estar "acéfala". "A Vale estava acéfala. Agora não. Espero que, tomando posse, tenha uma referência", afirmou o ministro.
VALE3
ValeR$ 65,26
18,59 %
14,15 %
7.01%
9,81
1,36
Renda fixa da Vale (VALE3) pagará bolada de juros compostos até 2056; veja taxas
Mineradora brasileira precifica em US$ 750 milhões sua oferta de títulos de dívida no exterior.
Renda fixa da Vale (VALE3): mineradora anuncia títulos para 2056; notas são positivas
Debêntures híbridas da subsidiária devem reforçar o caixa e financiar novas operações, diz comunicado
Vale (VALE3) deve provisionar US$ 500 milhões após nova condenação por Mariana
Provisão adicional vem após a Justiça da Inglaterra considerar a BHP responsável pelo rompimento da barragem.
Para escapar da nova tributação, Vale deve pagar dividendos bilionários, diz Itaú
Analistas veem chance de proventos extraordinários ainda em 2025, antes da reforma tributária.
Deflação na China acabou em 2025? Entenda sinais para a Vale (VALE3)
Chineses são os principais compradores no mundo de minério de ferro da companhia brasileira.
Vale (VALE3) recompra R$ 3,8 bi em debêntures pérpetuas, veja motivo
Cada título foi adquirido por R$ 42, somando um desembolso total de aproximadamente R$ 3,755 bilhões.
Vale (VALE3) vai pagar dividendos extraordinários? Empresa responde à CVM
Companhia disse ainda não há decisão oficial, mas reforçou a hipótese de que tem provento a caminho.
Vale (VALE3) abre o jogo e diz que pode pagar dividendos extraordinários
Lucro bilionário e redução da dívida impulsionam expectativa de novos pagamentos adicionais