Vai viajar? Contas internacionais já começam a repassar novo IOF de 3,5%
Conversões em Nomad, Wise e outras plataformas já pagam nova alíquota do governo

As novas regras para a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) começaram a valer na manhã desta sexta-feira (23). Uma delas é o aumento e padronização do imposto sobre operações de câmbio e compras no exterior.
💳 Com isso, os aplicativos de conta internacional já começaram a repassar a nova alíquota de 3,5% sobre a compra de moeda estrangeira. Antes, o imposto pago em compras feitas nesses aplicativos era de 1,1%, enquanto o cartão de crédito cobrava 3,28%.
Esse era o grande diferencial que o modelo de negócio proporcionava aos consumidores, que cada vez mais vinham optando por essas contas para viagens ao exterior. Empresas como Wise, Nomad e Inter são as principais neste segmento de cartão de débito internacional.
Por meio de nota à imprensa, a Wise confirmou o repasse da nova taxa e disse que os serviços continuam funcionando normalmente. A Nomad também disse que vai passar a recolher os 3,5% conforme a nova regra do governo, e completou:
"Movimentos de aumento do IOF reforçam a visão da Nomad, de que os brasileiros deveriam ter parte de seus patrimônios no exterior, investindo em ativos internacionais e moeda forte”, destacou em nota à imprensa.
Um levantamento feito pela reportagem do Investidor 10 mostra que o valor pago em uma transação nessas plataformas triplicou entre quinta e sexta. Quem faz uma conversão de US$ 1 mil na tarde desta sexta (23) paga R$ 199 de IOF, enquanto o mesmo valor seria equivalente a R$ 62 até a noite de quinta.
💲 Leia mais: Aumento do IOF: Governo desiste de tributar investimentos em fundos no exterior
Em entrevista à Folha de São Paulo, o CEO da Avenue, uma corretora de investimentos no exterior, destacou que ainda vale a pena recorrer a esses aplicativos em razão do spread bancário. A porcentagem de lucro retido por essas empresas ainda é menor que a que os bancos tradicionais cobram pelo uso do cartão de crédito fora do país.
Ele ainda destacou que a medida anunciada foi uma “aula de risco Brasil”, já que mostrou como o governo pode interferir no dinheiro das pessoas com uma única canetada. "Nas primeiras três horas desta manhã, percebemos uma movimentação cerca de quatro vezes maior do que a média”, comentou ele, se referindo a busca por investimentos no exterior logo depois do anúncio feito pelo governo federal.

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