Unigel aprova proposta da Petrobras (PETR4) para devolução de fábricas
O acerto abre caminho para que a estatal retome a posse das fábricas e busque reativar as operações.
🚨 O conselho de administração da Unigel aprovou nesta semana uma proposta apresentada pela Petrobras (PETR4) que visa solucionar a disputa judicial e contratual em torno de duas unidades de fertilizantes localizadas na Bahia e em Sergipe, conforme revelado à Reuters por duas fontes com conhecimento direto do assunto.
O acerto abre caminho para que a estatal retome a posse das fábricas e busque reativar as operações — atualmente paralisadas desde 2023 — por meio de licitação para contratação de novos prestadores de serviços de operação e manutenção.
As fábricas de fertilizantes nitrogenados foram arrendadas pela Petrobras à Unigel em 2019, com validade de 10 anos.
No entanto, diante do aumento expressivo no preço do gás natural no mercado brasileiro — principal insumo dessas unidades — a Unigel alegou inviabilidade econômica e paralisou as atividades.
Desde então, as empresas vêm travando uma disputa contratual, com ações em curso na Justiça e em tribunal arbitral.
A proposta aprovada pela Unigel visa encerrar os litígios e restabelecer a posse dos ativos à Petrobras, com posterior homologação do acordo pelo tribunal arbitral.
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Próximos passos
De acordo com o que a Petrobras havia informado anteriormente ao mercado, o acordo ainda depende de condições precedentes e da assinatura formal pelas partes para ser efetivado.
Após isso, será necessário iniciar um processo licitatório para reativar as fábricas, que são consideradas estratégicas para a produção nacional de fertilizantes.
A Petrobras não se manifestou oficialmente sobre o avanço do acordo, e a Unigel também não comentou até o momento.
O que esperar
📊 A possível reativação das unidades da FAFEN-BA (Bahia) e FAFEN-SE (Sergipe) ocorre em um contexto de revisão da política industrial do setor de fertilizantes no país, diante da dependência externa de produtos essenciais à agropecuária nacional.
O tema ganhou relevância geopolítica após a guerra entre Rússia e Ucrânia, que afetou a oferta e os preços globais de fertilizantes.
Para a Petrobras, a medida reforça a agenda de reintegração de ativos considerados estratégicos e pode abrir espaço para novos contratos operacionais, sem necessidade de assumir diretamente a gestão das unidades.
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