Trump diz que vai dobrar tarifas sobre o aço para 50%

O Brasil é o segundo maior fornecedor de produtos de aço e ferro para os Estados Unidos.

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Publicado em 02/06/2025 às 09:07h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 02/06/2025 às 09:07h Atualizado 1 dia atrás por Elanny Vlaxio
A declaração foi feita na última sexta-feira (30) (Imagem: Shutterstock)
A declaração foi feita na última sexta-feira (30) (Imagem: Shutterstock)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), afirmou na última sexta-feira (30) que quer dobrar as tarifas sobre o aço importado pelo país, de 25% para 50%. Vale citar que as tarifas anteriores de 25% entraram em vigor em 12 de março.

💲 "Vamos impor um aumento de 25%. Vamos passar de 25% para 50% nas tarifas sobre o aço importado para os Estados Unidos, o que vai proteger ainda mais a indústria siderúrgica americana", disse Trump, em um comício na Pensilvânia.

O Brasil é o segundo maior fornecedor de produtos de aço e ferro para os Estados Unidos, segundo dados da Administração do Comércio Internacional. Em 2024, os norte-americanos compraram US$ 4,677 bilhões (cerca de R$ 27 bilhões) em mercadorias brasileiras desse grupo. O Canadá lidera a lista, com 24,2% de participação.

Relembre as empresas que podem ser prejudicadas

Ainda em fevereiro, o Investidor10 adiantou quais empresas da B3 poderiam ser prejudicadas com o anúncio de Trump. "O Brasil é um dos principais fornecedores de aço para os Estados Unidos, e essa barreira comercial pode prejudicar diretamente empresas como CSN (CSNA3), Usiminas (USIM5) e Vale (VALE3), que dependem do mercado americano para escoar parte de sua produção", afirmou Rodolpho Damasco, sócio e head do Private Offshore da Nomos Investimento.

⚒️ A Gerdau é a empresa que pode ser menos prejudicada com a decisão. "A Gerdau, por ter operações nos EUA, pode sofrer menos, já que pode atender à demanda local sem depender das exportações. No entanto, para as empresas que não possuem essa estrutura, a necessidade de buscar novos mercados e lidar com um possível excesso de oferta interna pode pressionar margens e impactar a geração de empregos no setor", explicou Damasco.

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