Trump anuncia tarifas comerciais de 25% em todos os carros não 'made in' nos EUA

Presidente republicano disse que "não haverá qualquer tarifa" para os veículos produzidos em solo americano

Author
Publicado em 26/03/2025 às 22:01h - Atualizado 3 dias atrás Publicado em 26/03/2025 às 22:01h Atualizado 3 dias atrás por Lucas Simões
Ações do setor automobilístico listadas nos EUA chegavam a cair mais de 6% no pregão estendido em Wall Street, após anúncio de Trump (Imagem: Shutterstock)
Ações do setor automobilístico listadas nos EUA chegavam a cair mais de 6% no pregão estendido em Wall Street, após anúncio de Trump (Imagem: Shutterstock)

🚗 O presidente dos Estados Unidos da América Donald Trump disse nesta quarta-feira (26) que irá impor tarifas comerciais de 25% sobre todos os carros que não forem fabricados no país. Também afirmou que "não haveria qualquer tarifa" para os veículos produzidos em solo americano.

Essas novas tarifas que ajudam a inflar a proclamada guerra comercial vieram à tona via uma proclamação presidencial que Trump assinou no Salão Oval da Casa Branca. No caso, essas alíquotas entrarão em vigor a partir do próximo dia 2 de abril.

Já o assessor do republicano na Casa Branca, Wiil Scharf, explicou que as novas tarifas se aplicam a “carros e caminhões leves de fabricação estrangeira”. Ele esclareceu que elas vêm em adição às taxas que já estão em vigor.

Dessa maneira, o impacto esperado nos cofres públicos americanos é de uma receita adicional de US$ 100 bilhões anuais, embora os detalhes do decreto presidencial de Trump ainda não estão totalmente explicados, visto que a maioria dos veículos é montada a partir de peças que podem ter origem em dezenas de países diferentes.

Por outro lado, Trump deixou claro que "haverá uma fiscalização muito intensa" sobre quais partes do carro serão atingidas pelas novas tarifas comerciais.

➡️ Leia mais: Tesla (TSLA34): FBI irá investigar “ataques terroristas” contra empresa de Musk

Ações de montadoras de carros caem após tarifas de Trump

Uma das críticas mais contundentes às novas tarifas impostas por Trump veio do velho continente europeu, onde a presidente da Comissão Europeia, Úrsula von der Leyen, prometeu que os países que integram a União Europeia “continuará a buscar soluções negociadas, ao mesmo tempo, em que salvaguarda seus interesses econômicos”, escreveu em comunicado.

Diante de mais um capítulo da guerra comercial instaurada, diversas companhias americanas já registravam perdas no pregão estendido em Wall Street, após o fechamento do mercado e já precificando as medidas de Trump.

📉 Por exemplo, as ações da montadora de veículos General Motors (GM) derretiam −6,2% na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), negociadas por US$ 47,80 cada por volta das 21h45 (horário de Brasília), ou seja, abaixo do seu valor de fechamento de US$ 50,95 no mercado à vista.