Tesouro Direto: Renda fixa dispara mais de 8% após Brasil melhorar rating
Moody's eleva nota de crédito do país, que está a um passo do "grau de investimento"
📊 As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto despencavam nesta quarta-feira (2), abrindo o mês de outubro com a renda fixa do governo brasileiro registrando fortes lucros na marcação a mercado, devido à caída das taxas e à subida dos preços dos títulos.
A renda fixa local está bem mais valorizada, com ganhos acumulados de até 8,5%, após a agência de classificação de risco Moody's elevar a nota de crédito do Brasil, deixando o país a apenas um passo do tão aguardado "grau de investimento".
O rating dado pelas agências aos países funciona como um selo de bom pagador e pode atrair muito dinheiro dos investidores estrangeiros caso o nome do Brasil esteja muito bem-visto na praça.
"Embora o Brasil ainda enfrente desafios com o custo elevado da dívida, a continuidade das reformas e a adesão ao arcabouço fiscal podem estabilizar o ônus da dívida no médio prazo. Já a perspectiva positiva indica que o crescimento sustentado e a disciplina fiscal podem fortalecer a credibilidade institucional e reduzir os custos de captação", comenta o analista Rafael Passos, da Ajax Asset, em nota ao Investidor10.
Renda fixa no Tesouro dispara mais de 8%
Mesmo que o analista enxergue poucas chances de o Brasil ter um novo upgrade na sua nota de crédito nos próximos anos, os títulos de renda fixa no Tesouro Direto chegaram a saltar mais de 8% no acumulado dos últimos três meses.
No caso, o Tesouro Renda+ 2065, que chegou a tombar mais de 10% só em setembro, acumula ganhos com marcação a mercado de 8,5% desde a sua menor cotação no ano, no último dia 2 de julho. Dessa maneira, o preço unitário do título saltou de R$ 194,35 para os atuais R$ 210,83.
Outros títulos públicos usados pelos investidores para aproveitar o poder dos juros compostos (sem o pagamento de juros semestrais) também registram ganhos expressivos no mesmo período: Então, confira a seguir:
- Tesouro Prefixado 2027 (Lucro de +2,8%): Preço unitário subiu de R$ 752,28 para R$ 773,27;
- Tesouro Prefixado 2031 (Lucro de +4,8%): Preço unitário subiu de R$ 463,23 para R$ 485,34;
- Tesouro IPCA+ 2029 (Lucro de +2,8%): Preço unitário subiu de R$ 3.148,34 para R$ 3.237,28;
- Tesouro IPCA+ 2035 (Lucro de +4,4%): Preço unitário subiu de R$ 2.159,16 para R$ 2.254,46;
- Tesouro IPCA+ 2045 (Lucro de +6,4%): Preço unitário subiu de R$ 1.156,89 para R$ 1.230,60.
Acompanhe a seguir os preços e as rentabilidades dos títulos públicos no Tesouro Direto na tarde desta quarta-feira (2):
Títulos pré-fixados
- Tesouro Prefixado 2027 = Aporte mínimo de R$ 30,93 (Rentabilidade: 12,22% ao ano)
- Tesouro Prefixado 2031 = Aporte mínimo de R$ 33,97 (Rentabilidade: 12,37% ao ano)
- Tesouro Prefixado 2035 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 36,30 (Rentabilidade: 12,19% ao ano)
Títulos pós-fixados
- Tesouro Selic 2027 = Aporte mínimo de R$ 154,06 (Rentabilidade: Selic + 0,0596% ao ano)
- Tesouro Selic 2029 = Aporte mínimo de R$ 153,35 (Rentabilidade: Selic + 0,1379% ao ano)
Títulos indexados à Inflação
- Tesouro IPCA+ 2029 = Aporte mínimo de R$ 32,37 (Rentabilidade: IPCA + 6,55% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 45,08 (Rentabilidade: IPCA + 6,38% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2045 = Aporte mínimo de R$ 36,91 (Rentabilidade: IPCA + 6,33% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2035 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 43,07 (Rentabilidade: IPCA + 6,41% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2040 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 42,42 (Rentabilidade: IPCA + 6,32% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2055 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 42,37 (Rentabilidade: IPCA + 6,37% ao ano)
Títulos para aposentadoria extra
- Tesouro Renda+ 2030 = Aporte mínimo de R$ 36,20 (Rentabilidade: IPCA + 6,35% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 40,00 (Rentabilidade: IPCA + 6,34% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 39,13 (Rentabilidade: IPCA + 6,35% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2045 = Aporte mínimo de R$ 35,81 (Rentabilidade: IPCA + 6,37% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2050 = Aporte mínimo de R$ 31,70 (Rentabilidade: IPCA + 6,37% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2055 = Aporte mínimo de R$ 31,21 (Rentabilidade: IPCA + 6,37% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2060 = Aporte mínimo de R$ 31,58 (Rentabilidade: IPCA + 6,37% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2065 = Aporte mínimo de R$ 31,70 (Rentabilidade: IPCA + 6,37% ao ano)
Títulos para custear estudos
- Tesouro Educa+ 2026 = Aporte mínimo de R$ 34,28 (Rentabilidade: IPCA + 6,58% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2027 = Aporte mínimo de R$ 32,25 (Rentabilidade: IPCA + 6,54% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2028 = Aporte mínimo de R$ 30,36 (Rentabilidade: IPCA + 6,50% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2029 = Aporte mínimo de R$ 57,17 (Rentabilidade: IPCA + 6,46% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2030 = Aporte mínimo de R$ 53,89 (Rentabilidade: IPCA + 6,44% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2031 = Aporte mínimo de R$ 50,75 (Rentabilidade: IPCA + 6,42% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2032 = Aporte mínimo de R$ 47,82 (Rentabilidade: IPCA + 6,40% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2033 = Aporte mínimo de R$ 45,12 (Rentabilidade: IPCA + 6,38% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2034 = Aporte mínimo de R$ 42,55 (Rentabilidade: IPCA + 6,35% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 40,15 (Rentabilidade: IPCA + 6,33% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2036 = Aporte mínimo de R$ 37,84 (Rentabilidade: IPCA + 6,30% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2037 = Aporte mínimo de R$ 35,62 (Rentabilidade: IPCA + 6,29% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2038 = Aporte mínimo de R$ 33,53 (Rentabilidade: IPCA + 6,28% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2039 = Aporte mínimo de R$ 31,47 (Rentabilidade: IPCA + 6,29% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 44,20 (Rentabilidade: IPCA + 6,29% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2041 = Aporte mínimo de R$ 41,38 (Rentabilidade: IPCA + 6,31% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2042 = Aporte mínimo de R$ 38,78 (Rentabilidade: IPCA + 6,32% ao ano)
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