Super Quarta: Ibovespa dispara e bate 146 mil pontos em dia decisivo para juros

Casas Bahia, Azul e JHSF lideram altas em dia de definição das taxas de juros.

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Publicado em 17/09/2025 às 14:26h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 17/09/2025 às 14:26h Atualizado 1 mês atrás por Wesley Santana
B3 é operadora da bolsa brasileira que é a mais importante da América Latina (Imagem: Shutterstock)
B3 é operadora da bolsa brasileira que é a mais importante da América Latina (Imagem: Shutterstock)

Em um dia importante para a política monetária global, a bolsa de valores marca mais um recorde. No começo da tarde, o Ibovespa (IBOV) subia quase 1% e alcançou os 145 mil pontos, patamar jamais visto antes na história do mercado de ações brasileiro. 

Poucas horas depois, o indicador obteve uma valorização ainda mais alta. Por volta das 15h, superou os 146 mil, outro marco para o mercado de ações brasileiro. 

Nas últimas semanas, o índice da B3 tem batido recordes sucessivos, fruto de um aquecimento do mercado de capitais dentro do Brasil. Foi no último mês de julho que a B3 marcou os primeiros 140 mil pontos e, após dois meses, o IBOV já valorizou mais 6 mil pontos. 

O marco acontece durante a chamada Super Quarta, dia em que tanto o Brasil quanto os Estados Unidos definem as novas taxas de juros. O recorde é uma indicação dos investidores -especialmente os estrangeiros- de que, em uma eventual queda nos juros básicos, devem mudar suas estratégias da renda fixa para a variável.

Nos Estados Unidos, os diretores do Fed (Federal Reserve) decidiu pelo corte de 0,25% nos juros básicos, fixando a taxa no intervalo entre 4% e 4,25%. No Brasil, até o fim do dia, a maioria dos diretores do Copom (Comitê de Política Monetária) deve votar pela manutenção da Selic em 15% ao ano. 

Leia mais: Corte de juros nos EUA deve dar gás a ações brasileiras, veja o que esperar por setor

Quem puxa o IBOV?

No fechamento desta reportagem, a ação que mais contribuía para o resultado do IBOV era a Casas Bahia (BHIA3), que crescia 13,5% no pregão, ensaiando uma chegada nos R$ 4. Na sequência, a JSHF também operava com forte alta de 10%, seguida da Azul (AZUL4) que avançava quase 8%.

Entre as blue chips da bolsa, o Bradesco (BBDC4) era o principal responsável, com valorização de 2,5% no dia, para perto de R$ 17,50. A Azul, no entanto, era o papel mais negociado da B3 no dia. 

No campo negativo, a maior baixa era vista no ticker da Marfrig (MRFG3) que caía 2%, para abaixo de R$ 27. Embraer (EMBR3) e BRF (BRFS3) completavam o pódio com redução superior a 1% nos seus papéis.

Dólar sobe

No mesmo momento, o dólar dos Estados Unidos operava com alta de 0,2% em relação ao fechamento da véspera. A moeda norte-americana estava cotada em R$ 5,30 na versão oficial e R$ 5,51 de turismo. 

O euro se mantinha na mesma cotação do dia anterior, comprado e vendido aos R$ 6,28. Já o peso argentino continuava a trajetória de baixa, com recuo de 0,1% no dia frente ao real brasileiro. 

BHIA3

Casas Bahia
Cotação

R$ 3,60

Variação (12M)

-12,41 % Logo Casas Bahia

Margem Líquida

-6,32 %

DY

0%

P/L

-0,19

P/VP

0,22