Salário mínimo 2025: pagamento pode chegar a R$ 1.521

Aumento está atrelado a nova projeção da inflação

Publicado em 18/11/2024 às 14:49h - Atualizado Agora Publicado em 18/11/2024 às 14:49h Atualizado Agora por Wesley Santana

Nesta segunda-feira (18), o Ministério da Fazenda apresentou um relatório com as projeções para a inflação nos próximos meses. De acordo com a pasta, a expectativa é que o aumento dos preços seja de 4,66% em 2024.

💸 Essa nova previsão tem um impacto quase que instantâneo no salário mínimo, pois o governo federal retomou a política de reajuste do pagamento à inflação do ano anterior. Desta forma, se confirmado o número, o salário mínimo em 2025 pode ser de R$ 1.521, quase 8% maior que o valor atual de R$ 1.412.

Anteriormente, a expectativa era que o novo salário seria de R$ 1.509, com base em dados da inflação divulgados há algumas semanas. Em agosto, o governo federal enviou ao Congresso Nacional a proposta para o Orçamento de 2025, em que constava um reajuste de R$ 97.

O salário mínimo fixa um piso a ser pagos aos trabalhadores em todo o território nacional, de acordo com as regras da CLT (Constituição das Leis Trabalhistas). Esse valor é referente ao trabalho de 44 horas semanais, modelo mais usado pelas empresas no país.

Contas públicas

Além do impacto para as empresas, uma nova definição do saldo básico faz pressão também nas contas públicas. Isso porque ele é usado como referência para benefícios sociais pagos pelos governos, como aposentadoria, seguro-desemprego e o BPC (Benefício de Prestação Continuada).

De acordo com cálculo feito pelo g1, um aumento de R$ 107 no salário mínimo pode elevar os gastos públicos em R$ 42,7 bilhões. E esse orçamento está dentro do chamado gastos obrigatórios, que é uma parte em que o governo não consegue mexer, comprometendo o saldo livre para investimentos.

Este número, no entanto, é apenas uma estimativa, já que o valor real do salário mínimo de 2025 só será definido em dezembro, quando sai o resultado oficial da inflação. Diante do número, ainda a ser divulgado, o governo federal terá mais ferramentas para decidir o reajuste do piso nacional.