“Respiramos um pouco mais aliviados”, diz CEO da B3 sobre primeiro semestre
Companhia deve divulgar números do 2T24 na próxima quinta (7)

Em carta publicada neste domingo (3), Gilson Finkelsztain, CEO da B3 (B3SA3), fez uma análise do cenário econômico brasileiro. O texto foi divulgado pelo jornal Valor Econômico, destacando que o fim do primeiro semestre trouxe maior otimismo aos investidores.
🗣️ “Os prognósticos para o novo ano eram ruins em dezembro. O Brasil iniciou 2025 em um clima de pessimismo generalizado, marcado pela incerteza quanto ao crescimento da economia, juros elevados, deterioração da confiança e um déficit primário de mais de R$ 40 bilhões“, inicia o texto. “Passados os primeiros seis meses do ano e com os dados do semestre sendo divulgados, respiramos um pouco mais aliviados com números que surpreenderam positivamente, embora tenhamos grandes desafios ainda a enfrentar”, diz ele.
Finkelsztain aproveitou o momento para dar um panorama do que foi a bolsa de valores brasileira no período, que cresceu mais de 15%. Com isso, destacou que este foi o melhor período dos últimos 10 anos, tornando-se um marco para os investidores.
Além disso, houve também uma alta na arrecadação da renda fixa, que alcançou o patamar de R$ 150 bilhões no terceiro trimestre. Isso motivado pela alta da taxa de juros e pelo pagamento de papeis atrelados à inflação.
“No mercado de renda variável, o investidor estrangeiro voltou, mesmo que timidamente, a olhar para o Brasil. Somente em maio, foram R$ 10 bilhões aportados por não residentes. No primeiro semestre, a entrada líquida em bolsa superou os R$ 26 bilhões, o maior volume em três anos. O movimento reflete, em parte, a percepção de que os ativos brasileiros estão excessivamente descontados”, avalia.
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O executivo ainda destacou que, com o cenário de incerteza nos EUA, mercados emergentes como o Brasil ganham destaque. Segundo ele, porém, a questão fiscal do país deve ser central na escolha dos investidores nos próximos meses.
“Apesar das incertezas, há um vislumbre de esperança para os investidores. A concentração excessiva de capital no mercado americano reacende o debate sobre diversificação, e o Brasil tem muito espaço para ser considerado nas decisões de alocação global”, conclui.
A B3 deve divulgar o balanço financeiro do segundo trimestre de 2025 na próxima quinta-feira (7), conforme calendário divulgado no mês passado. No 1T25, a companhia reportou um um lucro líquido sem grandes diferenças em relação a um ano antes, na faixa de R$ 1,1 bilhão.

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