Renner (LREN3) quer aumentar capital social e ainda recompensar acionistas

A empresa irá bonificar acionistas na proporção de 1 para 10.

Publicado em 24/10/2024 às 09:27h - Atualizado 9 meses atrás Publicado em 24/10/2024 às 09:27h Atualizado 9 meses atrás por Elanny Vlaxio

A medida ainda depende da aprovação da AGE (Imagem: Shutterstock)

O Conselho de Administração da Renner (LREN3) aprovou nesta quinta-feira (24) um aumento de capital de R$ 518 milhões, utilizando parte de suas reservas de lucros e incentivos fiscais. Essa movimentação resultará em uma bonificação de 10% para os acionistas, com a emissão de aproximadamente 96 milhões de novas ações.

💰 A empresa propõe um bônus de 1 ação ordinária para cada 10 ações que os acionistas já possuírem. Essa bonificação será concedida a todos os acionistas, incluindo aqueles com ações em tesouraria, planos de opções e ações restritas. A medida, no entanto, ainda depende da aprovação da AGE (Assembleia Geral Extraordinária).

As novas ações emitidas terão os mesmos direitos das ações já existentes a partir da data da aprovação da AGE. Além disso, o limite máximo de ações que a empresa pode emitir será aumentado em 10%. A Lojas Renner também informou que a assembleia será realizada em formato híbrido, permitindo a participação presencial e online dos acionistas.

Como se saiu a empresa no 3º trimestre

💲 A Lojas Renner registrou um lucro líquido de R$ 257,9 milhões no terceiro trimestre de 2022, um crescimento de 50% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O Ebitda ajustado também apresentou alta, atingindo R$ 459,5 milhões. A empresa atribuiu esse desempenho positivo à melhora nos resultados do varejo, à redução da carga tributária e a incentivos fiscais.

O lucro da Lojas Renner foi impulsionado por créditos provenientes de incentivos à inovação tecnológica. Além disso, a empresa distribuiu R$ 169,3 milhões em JCP (Juros sobre o Capital Próprio) aos seus acionistas no terceiro trimestre, o equivalente a R$ 0,174656 por ação.

🤑 Com um crescimento de 14,8% em relação ao ano anterior, a receita operacional líquida da empresa alcançou aproximadamente R$ 3 bilhões. Apesar desse resultado positivo, a empresa destacou que a inadimplência na área de serviços financeiros continua sendo um desafio. No entanto, a companhia informou que as novas operações já apresentam um desempenho mais satisfatório.

Já o resultado dos serviços financeiros da empresa apresentou uma queda de 74,5% no trimestre, atingindo R$ 19 milhões. Segundo a empresa, esse resultado tem relação com a deterioração do cenário de crédito no Brasil, com aumento da inadimplência e endividamento das famílias, o que elevou a necessidade de provisionamento para perdas.