Renda fixa leva mercado de capitais a bater recorde em 2024
Empresas captaram um valor histórico de R$ 783,4 bilhões no mercado de capitais brasileiro em 2024.
As empresas captaram R$ 783,4 bilhões no mercado de capitais em 2024, segundo a Ambima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). O valor é recorde e foi puxado pela renda fixa. Afinal, a bolsa brasileira segue na seca de IPOs (oferta públicas iniciais de ações).
💰 De acordo com dados da Anbima divulgados nesta quarta-feira (22), a renda fixa respondeu por 90% de todo o valor captado pelas empresas no ano passado. Isto é, um valor recorde de R$ 709,2 bilhões, contra R$ 25 bilhões da renda variável e R$ 49,1 bilhões de instrumentos híbridos.
A renda fixa entrou no foco das empresas e dos investidores brasileiros devido ao aumento dos juros e da inflação, que eleva o retorno desse tipo de ativo. Por isso, as ofertas de renda fixa saltaram 77% em relação a 2023, quando somaram R$ 399,5 bilhões.
Esse crescimento foi ainda maior em dois instrumentos específicos de renda fixa: as debêntures e os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios).
Veja quanto as empresas captaram em cada tipo de ativo em 2024:
- Debêntures: R$ 473,7 bilhões, +100%;
- FIDC: R$ 81,4 bilhões, +86%;
- CRI: R$ 58,8 bilhões, +23%;
- FII: R$ 44,3 bilhões, +46%;
- Notas comerciais: R$ 43,5 bilhões, +56%;
- CRA: R$ 41,2 bilhões, -4,7%;
- Fiagro: R$ 4,8 bilhões, -45%.
📉 Já na renda variável, a captação de recursos diminuiu 20%, para R$ 25 bilhões. Com a B3 sem receber IPOs desde o final de 2021, todo esse valor veio de ofertas de ações realizadas por empresas já listadas na bolsa. Ou seja, de ofertas subsequentes de ações. E cerca de R$ 15 bilhões desse total vieram apenas da oferta de privatização da Sabesp (SBSP3).
Mercado externo
💵 Além do salto da renda fixa, o ano de 2024 foi marcado por uma recuperação das ofertas realizadas por agentes brasileiros no mercado externo.
Segundo a Anbima, essas ofertas somaram US$ 20,1 bilhões, sendo que US$ 11,9 bilhões desse valor foram captados por empresas, US$ 6,5 bilhões pelo governo e US$ 1,8 bilhão por instituições financeiras.
O total de ofertas realizadas no mercado externo subiu 30,2% em relação a 2023 e superou a marca dos US$ 20 bilhões pela primeira vez desde 2021.
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