Renda fixa já bateu o teto em 2025? Anbima mostra tipo de investimento ainda no topo

Enquanto as emissões em debêntures, CRAs e CRIs caíram no 1º semestre, a renda fixa isenta bate o topo da série histórica.

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Publicado em 23/07/2025 às 17:00h - Atualizado 8 dias atrás Publicado em 23/07/2025 às 17:00h Atualizado 8 dias atrás por Lucas Simões
Investidores seguem buscando títulos isentos de imposto de renda (Imagem: Shutterstock)
Investidores seguem buscando títulos isentos de imposto de renda (Imagem: Shutterstock)

Não é de hoje que os investimentos em renda fixa acabaram tomando bastante espaço nas carteiras, mas no primeiro semestre de 2025, parte dos investidores já começa a aproveitar oportunidades na renda variável, que inclusive fizeram o Ibovespa atingir uma nova máxima recentemente. Então, será que os juros compostos já deram tudo de si?

Bom, depende para qual tipo de investimento em renda fixa o investidor está olhando agora, afinal de contas as emissões de debêntures somaram R$ 192,7 bilhões na primeira metade do ano, queda de −6,8% na comparação com igual período de 2024, o que mostra que as empesas estão pegando menos dinheiro emprestado na praça, apontam dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

Até mesmo os títulos securitizados, que fomentam setores específicos da economia, como CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) e CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliário) totalizaram R$ 14,2 bilhões e R$ 23,7 bilhões no primeiro semestre, o que representa baixas de −26,9% e −28,9% na comparação anual, respectivamente.

Todavia, a Anbima aponta que as debêntures incentivadas (títulos de renda fixa isentos de imposto de renda que fomentam projetos estratégicos de infraestrutura) contabilizaram R$ 74,5 bilhões na primeira metade de 2025, chegando ao maior patamar semestral em toda a série histórica.

Leia mais: Lucro com pedágio? Renda fixa isenta pagando 14% ao ano até 2035 na mira do BTG

Recorde na renda fixa ainda

No mercado secundário de renda fixa, justamente esse em que os investidores negociam os títulos nas corretoras de valores, o volume de debêntures isentas cresceu 22,6% e atingiu o valor recorde de R$ 410,1 bilhões.

“Esse montante já representa mais do dobro do registrado no mercado primário e mostra a maturidade do instrumento, atraindo cada vez mais empresas e investidores e ampliando seu papel estratégico no financiamento de longo prazo”, destaca Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima.

Conforme apuração do Investidor10, as debêntures incentivadas emitidas pela concessionária de rodovia Artemis, no mesmo setor de atuação da Ecorodovias (ECOR3), fazem parte do rol de oportunidades em renda fixa que têm recomendação dos analistas do BTG Pactual, ao travarem uma rentabilidade ao redor de 14% ao ano até o ano de 2035.

Vale destacar também que as emissões de renda fixa no mercado externo atingiram US$ 17,2 bilhões nos primeiros seis meses do ano e registraram o maior volume para o período desde 2014, com as empresas captando a maior fatia (US$ 8,4 bilhões) desse montante. Na análise do perfil dos prazos, os papéis com vencimento de 6 a 10 anos responderam por 44,4% do total.

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