Raízen (RAIZ4) derreteu 50%? Saiba quanto valeriam R$ 1 mil aplicados após um ano
Produtora de açúcar e etanol colhe os impactos dos juros elevados sobre seu alto nível de endividamento
📉 As ações da Raízen (RAIZ4) engatam mais um pregão bastante negativo nesta terça-feira (21), recuando até −5,18% na cotação mínima diária de R$ 1,83 ante o preço do fechamento anterior de R$ 1,93. Como dito, há um bom tempo que a companhia enfrenta uma maré de baixa na Bolsa brasileira.
Conforme dados do Investidor10, já descontada a inflação, a empresa acumula uma rentabilidade de −49,64% nos últimos 12 meses, ou seja, praticamente o patrimônio dos acionistas evaporou pela metade.
Nossa simulação aponta que se você tivesse investido R$ 1 mil em RAIZ4 há um ano, hoje você teria R$ 531,25, já levando em conta o reinvestimento dos dividendos. Em comparação, o Ibovespa teria retornado R$ 970,41 nas mesmas condições.
Nessa altura, duas questões principais devem estar pairando na mente dos investidores: o porquê da empresa viver essa má fase e se vale a pena investir na ação pensando em carregá-la para o longo prazo. Os analistas do BTG Pactual compartilham em relatório tais respostas.
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Raízen pode virar o jogo ao agronegócio em 2025?
A produtora de açúcar e etanol despertou a desconfiança do mercado desde que divulgou no último dia 17 de janeiro dados prévios sobre o trimestre passado de sua safra, números que levantam dúvidas se a Raízen conseguirá cumprir o seu guidance (projeção financeira) nesta temporada.
"Tal melhora de sentimento parece depender de uma maior visibilidade da tão necessária desalavancagem do balanço, da rotação do portfólio de ativos e dos impactos das mudanças internas", comenta o time de analistas do banco, em relatório.
🚜 Ou seja, para o BTG Pactual, o investimento em Raízen é uma tese de desalavancagem que precisa voltar ao básico, já que a companhia sofre bastante com o cenário de juros elevados no Brasil e seu nível alto de endividamento.
Dessa maneira, a empresa passa por uma profunda reformulação da equipe de gestão e uma revisão nas prioridades de crescimento e alocação de capital. Até mesmo o E2G (etanol de segunda geração), antes o principal motor de crescimento da Raízen, está sendo repensado.
Mesmo com tantas ressalvas, o banco segue com recomendação de compra para RAIZ4, com preço justo de R$ 7 por ação, por ora, enquanto espera que até mesmo uma pequena melhora no perfil de FCF (Fluxo de Caixa Livre) possa desbloquear um significativo potencial de valorização das ações.
RAIZ4
RaízenR$ 0,89
-69,42 %
-2,84 %
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-1,29
0,57
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