"Quem não tem, compre": Banco do Brasil (BBAS3) esclarece fala de CEO
Em ofício à CVM, BB disse que declaração não teve objetivo de influenciar o preço das ações.

"Quem tem ação mantenha; quem não tem, compre". A declaração da presidente do Banco do Brasil (BBAS3), Tarciana Medeiros, fez com que o banco tivesse que prestar esclarecimentos à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
🏦 Em comunicado divulgado nessa quarta-feira (27), o Banco do Brasil disse que a fala de Tarciana Medeiros não teve a intenção de influenciar a decisão de investimento ou desinvestimento por parte do mercado ou a cotação das ações.
Segundo o BB, o objetivo era apenas "orientar os pequenos investidores [...] a basearem suas decisões em informações fidedignas e provenientes de fontes sérias [...] e não em vídeos sensacionalistas em redes sociais ou notícias incompletas e descontextualizadas".
Tarciana Medeiros deu essa declaração ao apresentar os resultados do Banco do Brasil no segundo trimestre de 2025. O lucro da instituição derreteu 60% no período, para R$ 3,78 bilhões. Com isso, o BB reduziu o seu payout para 30% e adiou o pagamento dos dividendos referentes a este terceiro trimestre.
BB mostra confiança na recuperação
No comunicado enviado à CVM, o BB disse que a sua diretoria tentou demonstrar que, "a despeito da redução de rentabilidade apresentada no ano de 2025, vem implementando medidas estratégicas, táticas e operacionais, com vistas à retomada da rentabilidade e à geração de valor sustentável aos seus acionistas".
🗣️ "Suas declarações consideraram o cenário macroeconômico e setorial vigente, com a clara mensagem de que o ano de 2025 é um ano de ajuste para a retomada da rentabilidade", afirmou o BB, garantindo que essas falas "pautaram-se por critérios de prudência e realismo".
O argumento é de que o banco vinha apresentando uma "consistente distribuição de proventos" entre 2023 e o primeiro semestre de 2025, mas precisou rever as projeções para este ano por causa de "uma situação conjuntural" e está agindo para superar esse momento.
O BB defende, então, que "o investimento no Banco não poderia considerar apenas o cenário de curto prazo, mas, sim, as projeções corporativas apresentadas e o histórico de geração de valor aos acionistas".
Ações
💲 As ações do BB saltaram 4% na B3 no dia da teleconferência de resultados, apesar da queda no lucro do segundo trimestre. Depois disso, no entanto, seguem andando de lado na bolsa. Afinal, também são pressionadas pelo imbróglio envolvendo o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, e os Estados Unidos.
Moraes recebe o seu salário em uma conta do BB. Por isso, boatos de que o banco seria sancionado pelos Estados Unidos circularam nas redes sociais depois que o governo americano aplicou a Lei Magnitsky contra o ministro. O BB, contudo, já desmentiu os rumores e a AGU (Advocacia-Geral da União) pediu que a PF (Polícia Federal) investigasse o caso.

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