Putin e Trump cara a cara: O que está em jogo (e como sobra até para o Brasil)?
O que foi discutido entre os dois líderes das maiores potências bélicas do mundo pode ditar os rumos da Guerra na Ucrânia.
Nesta sexta-feira (15), o presidente da Rússia Vladimir Putin se encontrou presencialmente com o presidente dos Estados Unidos Donald Trump, desembarcando na capital do estado americano do Alasca, território que no passado foi vendido pelos próprios russos aos americanos. Trump declarou no início da noite que não houve acordo na cúpula com Putin, apesar de ter considerado as conversas muito produtivas.
A expectativa era pleitear um cessar-fogo na Guerra da Ucrânia, embora o tema fosse apenas a ponta do iceberg, já que ambos os líderes que representam as duas maiores potências bélicas do planeta têm as suas próprias ambições no tabuleiro geopolítico.
Por exemplo, Putin deve buscar extrair o máximo de concessões e benefícios para a Rússia em troca de aceitar um cessar-fogo no conflito armado na Ucrânia em rodada mediada por Trump.
Na verdade, Moscou se encontra em uma posição favorável para negociações com Washington, já que controla territórios ucranianos estratégicos próximos à fronteira russa e com acesso direto ao Mar Negro, sua principal rota de acesso ao comércio mundial.
Já Trump tem apostado em seu poder de persuasão, dado que o republicano prestou declarações públicas de que haverá "consequências muito severas" se Putin não concordar com um cessar-fogo, para uma guerra contínua que se arrasta desde fevereiro de 2022.
Leia mais: STF marca início de julgamento de Bolsonaro para 2 de setembro
Brasil no tabuleiro de Putin e Trump
É justamente nesse aspecto de consequências severas que pode acabar sobrando para o Brasil, inclusive afetando em cheio duas empresas listadas na B3, conforme reportagem já publicada pelo Investidor10.
O governo brasileiro pode ser alvo de uma taxação de 100% imposta pelos EUA, além de endossada pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), caso nosso país siga mantendo relações comerciais com a Rússia, comprando petróleo e derivados.
Das cinco maiores importadoras de combustível russo entre janeiro e julho de 2025, duas estão na B3 e podem estar na mira das possíveis novas taxas: a Vibra Energia (VBBR3) e a Blueway Trading, do mesmo grupo Raízen (RAIZ4).
Enquanto Putin e Trump se reuniram cara a cara no Alasca, nenhum representante da Ucrânia, incluindo o presidente Volodymyr Zelensky, ou aliados na Europa, foram convidados para o encontro. O temor no velho continente é que a integralidade do território ucraniano seja esfacelada para que a Rússia aceite parar o conflito.
RAIZ4
RaízenR$ 0,84
-65,43 %
-3,89 %
0%
-0,95
0,64
Prejuízo da Raízen (RAIZ4) piora +1.460% e soma R$ 2,31 bilhões
Produtora de açúcar e etanol traz resultados do segundo trimestre da atual safra 2025/2026.
Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4) promovem dança das cadeiras em diretoria
Tanto a holding diversificada quanto sua joint-venture, que atua na produção de açúcar & etanol, estão sob nova direção.
Raízen (RAIZ4) vende usina Continental por R$ 750 milhões
O pagamento será feito à vista na conclusão do negócio, sujeito aos ajustes usuais de mercado.
Raízen (RAIZ4) aprova fusões e cisões em incorporação de R$ 1,1 bilhão
A reorganização foi aprovada por unanimidade em AGE e integra o plano estratégico do grupo para centralizar os ativos.
Quais empresas da B3 floparam com o agro em 2025? Ranking revela perdas de até 74%
Só o IAGRO (Índice do Agronegócio da B3), composto por 30 empresas, derrapou -8,70% no ano.
Fitch rebaixa Raízen (RAIZ4) para BBB- e soa alarme; o que esperar das ações?
A decisão indica que a nota poderá ser novamente reduzida no curto prazo, caso o cenário da companhia não apresente melhora.
Raizen (RAIZ4): Moagem de cana soma 35,1 mi de toneladas no 2º trimestre de 2025
Na divisão de distribuição de combustíveis, o volume no Brasil variou entre 7,4 e 7,5 milhões de m³.
Cade aprova operação para saída da Raízen (RAIZ4) da rede Oxxo
A Raízen receberá 1.256 lojas de conveniência Shell Select e Shell Café.