Prévia da inflação: IPCA-15 volta a subir em setembro, com alta de 0,48%
O indicador havia recuado em agosto, mas acelerou em setembro, pressionado pela conta de luz.

A prévia da inflação oficial brasileira, medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), voltou a subir.
📈 O indicador acelerou 0,48% em setembro, devolvendo a queda de 0,14% registrada em agosto, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O motivo para a variação está na conta de luz. Afinal, o bônus de Itaipu gerou um desconto na conta de agosto, o que trouxe alívio para a inflação. Esse bônus, no entanto, não teve efeitos em setembro e a bandeira tarifária segue no patamar mais elevado (bandeira vermelha patamar 2), o que pressiona os preços da energia elétrica.
💡 Segundo o IBGE, esse movimento havia provocado uma redução de 4,93% dos preços da energia elétrica em agosto, mas levou a uma disparada de 12,17% da conta de luz em setembro.
O resultado do IPCA-15, contudo, fixou levemente abaixo do esperado pelo mercado, que projetava uma alta de 0,52% do indicador.
Segundo analistas, parte da "surpresa" veio da inflação dos serviços -indicador que é observado de perto pelo BC (Banco Central) na hora de definir a taxa de juros e ficou abaixo do esperado no IPCA-15 de setembro.
Inflação e juros
💲 Com o avanço de 0,48% em setembro, a prévia da inflação já acumula alta de 3,76% em 2025 e de 5,32% no acumulado em 12 meses.
Segundo o Boletim Focus, o mercado projeta uma alta de 4,83% da inflação oficial brasileira em 2025. A projeção é similar à do BC: 4,8%.
A meta de inflação perseguida pelo BC, no entanto, é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%.
Por isso, o Copom (Comitê de Política Monetária) reforçou nesta semana que a taxa Selic deve ficar em 15% por um "período bastante prolongado".
🏦 O Copom optou por manter os juros em 15% na sua última reunião, realizada na semana passada, para observar os efeitos da "firme elevação de juros" empreendida nos últimos meses,
Segundo o Copom, este é um "novo estágio" da política monetária, em que os juros ficam inalterados em 15% para que o comitê possa "seguir avaliando se, mantido o nível corrente por período bastante prolongado, tal estratégia será suficiente para a convergência da inflação à meta".
Grupos da inflação
Com a alta da energia elétrica, o grupo de habitação foi o que mais pesou na prévia de inflação de setembro, com um avanço de 3,31%.
Também contribuíram com o aumento do IPCA-15 os preços de roupas femininas (1,19%), calçados e acessórios (1,02%) e planos de saúde (0,50%).
🍅 Os preços de alimentação e bebidas (-0,35%) e transportes (-0,25%), por outro lado, ficaram menores neste mês.
No caso de alimentação e bebidas, o recuo foi puxado pela alimentação no domicílio, que teve uma queda de 0,63%, refletindo preços menores do tomate (-17,49%), cebola (-8,65%), arroz (-2,91%) e café moído (-1,81%).
Já no caso dos transportes, o IPCA-15 caiu puxado sobretudo pelos preços do seguro de veículos (-5,95%) e pelas passagens aéreas (-2,61%). Contudo, o gás veicular (-1,55%) e a gasolina (-0,13%) também ficaram mais baratos.
Veja o desempenho dos grupos do IPCA-15 em setembro:
- Habitação: 3,31%;
- Vestuário: 0,97%;
- Saúde e cuidados pessoais: 0,36%;
- Despesas pessoais: 0,20%;
- Educação: 0,03%;
- Comunicação: -0,08%;
- Artigos de residência: -0,16%;
- Transportes: -0,25%;
- Alimentação e bebidas: -0,35%.

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