Prévia da inflação, IPCA-15 desacelera e fica abaixo do esperado em maio
Índice subiu 0,36% no mês, em meio ao aumento da energia e da redução dos preços dos transportes.

A prévia da inflação oficial brasileira, medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), marcou 0,36% neste mês de maio.
📉 O resultado desacelerou em relação aos meses anteriores -em abril, por exemplo, havia subido 0,43%. Além disso, ficou abaixo das expectativas do mercado, que projetava uma alta de 0,44% do IPCA-15.
Com isso, o IPCA-15 acumulado em 12 meses também cedeu, passando de 5,49% para 5,40%. No acumulado do ano, o índice subiu 2,80%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Como isso afeta a Selic?
💲 O IPCA-15 de maio indica uma redução da pressão inflacionária e reforça as apostas do mercado de que o ciclo de alta da Selic chegou ao fim.
O economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchéz, disse, por exemplo, que o dado "corrobora nossa projeção de IPCA mais próxima de 5,0% para este ano e adiciona elementos favoráveis à interrupção do ciclo de alta da Selic".
A possibilidade de que os juros sigam nos atuais 14,75% ganhou força depois dos últimos recados do Copom (Comitê de Política Monetária) e também da recente alta do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), já que o aumento do imposto deve encarecer o custo do crédito para as empresas.
A inflação acumulada em 12 meses, no entanto, ainda segue acima da meta perseguida pelo BC (Banco Central), que é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%. Por isso, como indicou o Boletim Focus, a expectativa é de que os juros só comecem a cair em 2026.
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O que pressionou a prévia da inflação?
A energia elétrica e os medicamentos foram os "principais vilões" da prévia da inflação em maio.
💡 Segundo o IBGE, os preços da energia subiram 1,68%, em razão sobretudo da mudança da bandeira tarifária da conta de luz, que subiu do patamar verde para o amarelo neste mês. Reajustes tarifários anunciados nas cidades de Salvador, Recife e Fortaleza também pesaram sobre o índice.
Já os produtos farmacêuticos ficaram 1,93% mais caros, depois que o governo federal autorizou um reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos.
O mês ainda foi de preços mais altos no grupo de vestuário, principalmente por causa do aumento das roupas femininas.
E o que ficou mais barato?
O grupo dos transportes, por outro lado, ajudou a conter o avanço da inflação.
✈️ Segundo o IBGE, o grupo teve um resultado negativo de 0,29% no IPCA-15 de maio, devido a uma queda de 11,18% nos preços das passagens aéreas e também a uma redução de 1,24% nas tarifas de ônibus urbano.
O óleo diesel (1,53%) e o gás veicular (0,96%) também ficaram mais baratos, em relação a abril. Contudo, os preços do etanol (0,54%) e da gasolina (0,14%) subiram.
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Alimentos
Já a inflação dos alimentos e bebidas desacelerou, de 1,14% em abril para 0,39% em maio.
🍎 O movimento é fruto, sobretudo, de uma redução dos preços do tomate (7,28%), do arroz (4,31%) e das frutas (1,64%).
Por outro lado, batata-inglesa (21,75%), cebola (6,14%) e café moído (4,82%) ficaram mais caros.
Com isso, a alimentação no domicílio subiu 0,30% no mês, abaixo do 1,29% registrado em abril.
Inflação por grupos
Veja os grupos da inflação se comportaram em maio, segundo o IPCA-15:
- Vestuário: 0,92%;
- Saúde e cuidados pessoais: 0,91%;
- Habitação: 0,67%;
- Despesas pessoais: 0,50%;
- Alimentação e bebidas: 0,39%;
- Comunicação: 0,27%;
- Educação: 0,09%;
- Artigos de residência: -0,07%;
- Transportes: -0,29%.

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