Presidente da Câmara pede afastamento de 15 deputados por motim no Congresso

Parlamentares do PL, Novo e PT poderão ser suspensos por até seis meses como punição.

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Publicado em 09/08/2025 às 09:00h - Atualizado 2 horas atrás Publicado em 09/08/2025 às 09:00h Atualizado 2 horas atrás por Wesley Santana
Desde o começo de 2025, Hugo Motta preside a Câmara, em Brasília (Imagem: Lula Marques/Agência Brasil)
Desde o começo de 2025, Hugo Motta preside a Câmara, em Brasília (Imagem: Lula Marques/Agência Brasil)

Na noite desta sexta-feira (8), o presidente Hugo Motta (Republicanos) enviou um ofício à Corregedoria da Câmara dos Deputados pedindo a punição de 15 parênteses por um motim realizado durante a semana. A decisão pede que eles sejam afastados do cargo pelo prazo de seis meses.

O pedido deve passar pelo crivo do Conselho de Ética da Casa, que deve se reunir nos próximos dias para decidir se cabe a suspensão nestes casos. Estão na lista os seguintes deputados:

  1. Marcos Pollon (PL-MS);
  2. Zé Trovão (PL-SC);
  3. Júlia Zanatta (PL-SC);
  4. Marcel van Hattem (Novo-RS);
  5. Paulo Bilynskyj (PL-SP);
  6. Sóstenes Cavalcante (PL-RJ);
  7. Nikolas Ferreira (PL-MG);
  8. Zucco (PL-RS);
  9. Allan Garcês (PL-TO);
  10. Caroline de Toni (PL-SC);
  11. Marco Feliciano (PL-SP);
  12. Bia Kicis (PL-DF);
  13. Domingos Sávio (PL-MG);
  14. Carlos Jordy (PL-RJ); e
  15. Camila Jara (PT-MS).

“A Mesa da Câmara dos Deputados se reuniu nesta sexta-feira, 8 de agosto, para tratar das condutas praticadas por diversos deputados federais nos dias 5 e 6. A fim de permitir a devida apuração do ocorrido, decidiu-se pelo imediato encaminhamento de todas as denúncias à Corregedoria Parlamentar para a devida análise”, informou em nota a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara, liderada por Motta.

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A denúncia é relacionada ao movimento feito por deputados bolsonaristas que queriam travar a abertura da sessão na Câmara que retornava do recesso legislativo. Um grupo tomou a Mesa Diretora do Plenário é impediu que Motta iniciasse os trabalhos no dia e horário previsto.

O deputado Pollon foi quem ocupou a principal cadeira da Casa e resistiu até que foi orientado por outros parlamentares a deixar o espaço. Anteriormente, ele chegou a classificar o presidente como “bosta” e “baixinho de um metro e 60”.

O movimento foi planejado pelos deputados como uma forma de obstrução aos trabalho e protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Eles pedem que Motta inclua na pauta de votação tanto o projeto de Anistia para os presos do 8 de janeiro como o impeachment de Moraes.