PIB e julgamento de Bolsonaro pesam e Ibovespa cai no 1º pregão de setembro

Sem a referência de Wall Street, o índice brasileiro oscilou de forma cautelosa e terminou o pregão em baixa de 0,10%, aos 141.283 pontos.

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Publicado em 01/09/2025 às 17:40h - Atualizado Agora Publicado em 01/09/2025 às 17:40h Atualizado Agora por Matheus Silva
Já o dólar à vista avançou 0,33%, sendo negociado a R$ 5,4401 (Imagem: Shutterstock)
Já o dólar à vista avançou 0,33%, sendo negociado a R$ 5,4401 (Imagem: Shutterstock)

🚨 O Ibovespa (IBOV) iniciou setembro em queda, após ter encerrado agosto em níveis recordes.

Sem a referência de Wall Street, fechada nesta segunda-feira (1º) em função do feriado do Dia do Trabalho, o índice brasileiro oscilou de forma cautelosa e terminou o pregão em baixa de 0,10%, aos 141.283 pontos.

No mesmo dia, o dólar à vista avançou 0,33%, sendo negociado a R$ 5,4401.

PIB do segundo trimestre no radar

A ausência da atividade nas bolsas norte-americanas levou investidores locais a concentrar atenções no ambiente doméstico.

O dado mais aguardado é a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, prevista para esta terça-feira (2).

Segundo levantamento da Reuters, economistas projetam uma retração de 0,3% em comparação com os três primeiros meses do ano, quando a economia havia avançado 1,4%.

O resultado deve ser decisivo para calibrar as expectativas em torno da política monetária, uma vez que o Copom (Comitê de Política Monetária) tem reforçado a necessidade de manter a Selic em 15% ao ano por mais tempo, em uma estratégia considerada restritiva para conter pressões inflacionárias.

Julgamento de Bolsonaro e tensão internacional

O cenário político também esteve no radar. O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (2), o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado de tentativa de golpe de Estado.

O processo ganhou repercussão internacional depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), impôs uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e adotar sanções contra autoridades nacionais.

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Destaques no pregão

O noticiário corporativo deu o tom das oscilações no índice. A Raízen (RAIZ4) liderou as altas pelo segundo dia consecutivo, após o anúncio da venda das usinas Rio Brilhante e Passatempo, no Mato Grosso do Sul, com capacidade de moagem de seis milhões de toneladas.

A operação também favoreceu a performance da Cosan (CSAN3), uma de suas controladoras.

Outro destaque positivo foi a C&A (CEAB3), que estreou na carteira teórica do Ibovespa com valorização superior a 2%.

Na outra ponta, a Auren (AURE3) figurou entre as maiores quedas. Entre os pesos-pesados, a Vale (VALE3) recuou em sintonia com o minério de ferro, que caiu 2,67% em Dalian, encerrando a US$ 107,41 por tonelada.

Já a Petrobras (PETR4) avançou levemente, acompanhando o petróleo Brent, que subiu 1% em Londres, para US$ 66,15 o barril.

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Mercado ‘lá fora’

Enquanto os mercados dos Estados Unidos permaneceram fechados, a Europa registrou ganhos. O índice Stoxx 600, referência do continente, avançou 0,23%, aos 551,43 pontos.

Na Ásia, os resultados foram mistos após a divulgação do índice de gerentes de compras (PMI) da China, que saiu de 49,5 em julho para 50,5 em agosto.

📊 O Nikkei, do Japão, recuou 1,24%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, ganhou 2,15%.