PGR formaliza acusação contra Zambelli e hacker 'Vaza Jato' por invasão e falsificação

A denúncia alega que ambos acessaram ilegalmente sistemas do Judiciário e cometeram atos de falsificação ideológica.

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Publicado em 23/04/2024 às 15:33h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 23/04/2024 às 15:33h Atualizado 3 meses atrás por Jennifer Neves
Foto - Reprodução internet
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☠️ A PGR (Procuradoria Geral da República) formalizou uma acusação contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker conhecido como “Vaza Jato”, Walter Delgatti, pelos delitos de invasão a sistema informático e falsificação ideológica.

A denúncia alega que ambos acessaram ilegalmente sistemas do Judiciário e cometeram atos de falsificação ideológica. O propósito dessas invasões seria a inclusão fraudulenta de mandados de alvarás de soltura e mandados de prisão, supostamente assinados pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.

Agora, cabe ao STF decidir se aceita ou não a denúncia feita pela PGR para dar início a um processo penal contra os acusados. O relator do caso é o próprio ministro Moraes.

O ministro concedeu um prazo de 15 dias para que as defesas de Zambelli e Delgatti se posicionem sobre a denúncia. Em comunicado, a defesa de Zambelli expressou surpresa com a acusação e argumentou que não existem provas de sua participação ou incentivo às ações de Delgatti.

Eles contestam a narrativa do hacker, reafirmando que a investigação desmente as acusações. A defesa pretende demonstrar a inocência da deputada nas supostas infrações penais.

Segundo a defesa do hacker, Zambelli teria pago a quantia de R$ 40 mil para a invasão de sistemas judiciais, o que é negado pela deputada. Documentos enviados à PF em novembro de 2023 reiteram a acusação de mitomania contra Delgatti Neto.

Durante depoimento na CPMI (Comissão de Inquérito Parlamentar) sobre o dia 8 de Janeiro, que aconteceu em agosto de 2023, Delgatti reiterou que a solicitação de ataque ao sistema partiu da deputada. Ele também alegou que o ex-presidente Jair Bolsonaro prometeu anistia em caso de cometimento de ilícitos.

O advogado de Delgatti, Ariovaldo, acrescentou que o cliente forneceu detalhes à PF sobre sua presença no Ministério da Defesa e colaborou com a elaboração de um relatório sobre possíveis vulnerabilidades nas urnas eletrônicas.