Petrobras (PETR4) vende participação em empresa de energia

Por outro lado, empresa tenta reverter acordos de vendas

Publicado em 30/05/2024 às 08:00h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 30/05/2024 às 08:00h Atualizado 1 mês atrás por Wesley Santana

Petrobras é a principal petrolífera da América Latina. Foto: Shutterstock

A Petrobras (PETR4) anunciou, na noite desta quarta-feira (29), a venda de sua participação na Brentech Energia.

🛒 A estatal detinha cerca de 30% do negócio, mas repassou a totalidade por R$ 10,6 milhões à Enegen Participação, que já era dona da outra parte. O valor foi pago no mesmo dia em que as empresas divulgaram o comunicado ao mercado.

A Brentech é responsável por uma usina térmica na cidade de Aparecida de Goiânia, no estado de Goiás, com capacidade para gerar 145 megawatts. A Petrobras diz, portanto, que o ativo não tem mais sinergia com a estratégia de redução das emissões de carbono.

"A transação está em linha com a estratégia da Petrobras de descarbonização das operações, otimização do portfólio termelétrico e priorização de investimentos em usinas termelétricas a gás natural com alta eficiência”, disse a petrolífera.

Por não envolver concorrência, a venda não precisa passar por aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). A companhia também disse que não tinha funcionários próprios alocados dentro da Brentech.

Renegociação de refinarias

🔄 Enquanto se desfaz de ativos considerados não estratégicos, a Petrobras tenta reverter as vendas feitas na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Recentemente, a empresa pública foi ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para alterar acordos em 2019 de venda de refinarias de petróleo e de gasodutos.

Na última quarta (22), a empresa retirou oficialmente cinco refinarias da sua carteira de desinvestimentos, além da sua participação na TBG (Transportadora do Gasoduto Bolívia-Brasil). A empresa conseguiu reverter a ação depois que o Cade deu prosseguimento ao pedido de alteração dos documentos.

Em troca, a empresa firmou acordos para ampliar a transparência dos negócios e para verificação de preços discriminatórios. A estatal também retomou investimentos no seu parque de refino, com destaque para os complexos de Pernambuco e Rio de Janeiro.