Petrobras (PETR4): Lula garante exploração da Margem Equatorial
Para Lula, é possível conciliar a exploração de petróleo com a preservação ambiental.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garantiu nesta sexta-feira (21) a exploração de petróleo na Margem Equatorial. Segundo ele, a Petrobras (PETR4) tem competência para tocar esse projeto.
⛽"Nós vamos explorar a Margem Equatorial", garantiu Lula, em entrevista à rádio "Mirante News".
Ele disse que a intenção é "fazer o processo de medição, para saber se tem e qual a quantidade da riqueza que tem lá embaixo".
"Se tiver (petróleo), nós temos a Petrobras, que é a empresa de maior competência tecnológica para explorar petróleo em águas profundas", acrescentou.
Situada entre os estados do Amapá e Rio Grande do Norte, a Margem Equatorial é vista como o "novo pré-sal". Por isso, a Petrobras pretende investir US$ 3,1 bilhões na exploração de petróleo e perfurar 16 poços na região até 2028.
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A Petrobras já identificou uma acumulação de petróleo em um poço que fica entre os estados do Ceará e Rio Grande do Norte. Contudo, não obteve a licença do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para fazer perfurações mais ao norte do país.
Há uma preocupação de que a exploração de petróleo tenha consequências ambientais, já que a Margem Equatorial inclui a foz do Rio Amazonas.
🗣️ O presidente Lula disse nesta sexta-feira (21), no entanto, que é possível compatibilizar a exploração da Margem Equatorial com a questão ambiental.
Ele afirmou que a margem do Amazonas fica a 575 quilômetros da Margem Equatorial, o que classificou como uma "distância enorme".
A nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, também vem defendendo a exploração da Margem Equatorial. Segundo ela, é preciso repor as reservas de petróleo do país para garantir o suprimento necessário durante o processo de transição energética.
BC e Dólar
Lula também voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e a manutenção da taxa Selic em 10,50% nesta sexta-feira (21).
Ele chamou Campos Neto de "adversário político e ideológico". Contudo, lembrou que "está chegando o momento de trocar o presidente do Banco Central" e disse achar que "as coisas vão voltar à normalidade, porque o Brasil é um país de muita confiabilidade".
Lula disse, por exemplo, que o governo não se preocupa com a recente alta do dólar, que fechou a semana a R$ 5,44, no maior valor desde o início deste governo.
"Estamos tranquilos. Esse nervosismo que está acontecendo não vai mexer com a seriedade da economia brasileira", afirmou.
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