Petrobras (PETR4) e Cade assinam acordo sobre refinarias
Companhia fica desobrigada a vender ativos, mas terá que assumir algumas obrigações na oferta de petróleo.

A Petrobras (PETR4) assinou nesta quarta-feira (3) o acordo firmado com o Cade (Conselho de Administrativo de Defesa Econômica) para suspender a venda de refinarias e da TBG (Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil).
⛽ O acordo havia sido firmado em maio e estabelece que, para suspender a venda dos ativos, a Petrobras terá que assumir algumas obrigações, como a prática de preços competitivos, alinhados ao mercado internacional, na venda de petróleo.
Segundo a estatal, o aditivo firmado com o Cade preserva o objetivo original do termo de compromisso, de manutenção da competitividade no mercado de refino. Além disso, suspende inquéritos administrativos envolvendo a companhia e confirma a desobrigação da venda de refinarias e da TBG.
"A Petrobras considera que a assinatura do aditivo ao TCC consolida os esforços de cooperação entre o CADE e a companhia e está alinhada ao atual momento de transição na configuração do sistema de refino brasileiro", declarou.
Leia também: Petrobras (PETR4) vai manter política de dividendos e de preço de combustíveis, diz CEO
As novas obrigações da Petrobras
💲 Para manter as refinarias e a TBG, a Petrobras terá que cumprir certas obrigações na oferta de petróleo e derivados de petróleo a terceiros em território nacional.
A companhia já havia anunciado algumas dessas obrigações em maio, como a disponibilização de mecanismos que permitam ao Cade acompanhar a sua atuação comercial e a oferta de Contratos Frame, que permitem a negociação carga a carga, a qualquer refinaria independente.
Contudo, atualizou a lista de compromissos nesta quarta-feira (3). Veja as novas diretrizes de comercialização de petróleo para entregas marítimas da Petrobras:
- A Petrobras deverá preservar e priorizar o seu resultado econômico, buscando maximizar sua geração de valor;
- A Petrobras deverá buscar maximizar a geração de valor praticando sempre preços competitivos, alinhados ao mercado internacional;
- A autoridade competente pela aprovação de cada negócio, buscando maximizar a geração de valor para Companhia, deverá pautar a sua decisão com base nas referências de mercado no momento da negociação como: (a) as alternativas de suprimento da contraparte, e (b) o custo de oportunidade para a Petrobras.
Entenda
A Petrobras firmou termos de compromisso para os mercados de refino e gás com o Cade em 2019, no governo de Jair Bolsonaro (PL), como uma forma de o órgão arquivar investigações sobre supostas condutas anticompetitivas da estatal.
O acordo, no entanto, previa a venda de refinarias e da TBG. Por isso, foi renegociado no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que quer aumentar os investimentos da estatal em refino. O acordo tem validade de três anos, prorrogáveis por igual período.

PETR4
PetrobrásR$ 32,65
4,46 %
9,70 %
17.43%
8,75
1,06

Como a guerra entre Irã e Israel pode agitar as petroleiras da B3; entenda
Na manhã desta sexta-feira (13), o barril do petróleo tipo Brent chegou a ser negociado com alta de até 7,6%, cotado a US$ 74,66.

Petrobras (PETR4) atualiza valor por ação dos dividendos, veja
Cabe destacar que este pagamento considera a data de 16/04/2025 como data base da posição acionária.

Petróleo dispara 4% e ajuda Ibovespa fechar acima dos 137 mil pontos
Ações de bancos e petroleiras são destaques positivos, apesar da batalha política sobre o IOF.

Comissão aprova fim da preferência da Petrobras (PETR4) no pré-sal
O projeto seguirá para análise da Comissão de Assuntos Econômicos.

Petrobras (PETR4): Dois bancões cortam recomendação, de olho nos dividendos
Santander e BofA acreditam que a estatal deve pagar "dividendos menos atraentes" em 2025 e 2026.

Petrobras (PETR4): Ação da Sete Brasil vai afetar o 2º trimestre de 2025?
O comunicado foi divulgado na última sexta-feira (06).

Petrobras (PETR4): Governo avalia distribuição de dividendos extraordinários
Autorização, no entanto, depende de análise técnica; BNDES também está na lista.

Petrobras (PETR4) quer explorar petróleo em alto mar na Costa do Marfim
Estatal brasileira negocia com o governo do país africano, já de olho em nove blocos de exploração com exclusividade.