Petrobras (PETR4) coloca à venda participação no Campo de Tartaruga
Campo fica em Sergipe e é operado por uma controlada da PetroRecôncavo (RECV3).
A Petrobras (PETR4) colocou à venda nesta quarta-feira (25) a sua participação de 25% no Campo de Tartaruga, em Sergipe.
⛽ Segundo a estatal, "a decisão de desinvestimento leva em conta tratar-se de ativo não operado, sem sinergia com o portfólio da companhia".
O Campo de Tartaruga fica em águas rasas da Bacia de Sergipe-Alagoas e é operado pela SPE Tiêta, controlada da PetroRecôncavo (RECV3) que detém os demais 75% do campo.
Considerando a média dos primeiros nove meses de 2024, o campo rendeu uma produção de aproximadamente 41 barris de óleo por dia e 723 m³/dia de gás associado para a Petrobras. Ou seja, uma parcela muito pequena da produção da estatal, que atingiu 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia no período.
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A Petrobras ressaltou também que não tem funcionários atuando exclusivamente nesse ativo. Logo, o desinvestimento não teria impactos na sua força de trabalho.
🗣️ Além disso, afirmou que "manterá importantes investimentos no estado de Sergipe, com a previsão de contratação de dois navios plataformas do tipo FPSOs para a área de Sergipe Águas Profundas com capacidade de produção de até 120 mil barris por dia cada um e a construção de um gasoduto com capacidade de 18 milhões m3/dia".
De acordo com o processo de venda aberto pela Petrobras, o negócio "consiste na cessão total dos direitos de exploração, desenvolvimento e produção de óleo e gás natural da Petrobras no Campo de Tartaruga, com as instalações integradas existentes e considerando o modelo em vigor dos contratos de parceria com a SPE Tieta". Os interessados têm até 3 de janeiro de 2025 para contactar a Petrobras.
3ª tentativa de venda
Esta é a terceira vez que a Petrobras tenta vender a sua participação no Campo de Tartaruga, em Sergipe.
A companhia já havia colocado o ativo à venda em junho de 2020. O processo, contudo, não foi concluído e acabou sendo reaberto em abril de 2022.
Em ambos os casos, o processo chegou à fase vinculante, momento em que os potenciais compradores habilitados recebem uma carta-convite com instruções sobre o processo de desinvestimento, incluindo orientações para realização de due diligence e o envio das propostas vinculantes.
À época, a Petrobras afirmou que o desinvestimento estava alinhado à "estratégia de otimização de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, passando a concentrar cada vez mais os seus recursos em águas profundas e ultra-profundas, onde a Petrobras tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos".
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