Petrobras (PETR4): Ações caem forte após fala de CEO sobre dividendos, veja
Jean Paul Prates sugeriu cautela na distribuição de proventos por causa de investimentos em energia renovável
O presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, disse que a companhia deve ser cautelosa na distribuição de dividendos durante o processo de transição energética. A declaração vai de encontro à expectativa de dividendos extraordinários e, por isso, derruba as ações da petroleira nesta quarta-feira (28).
🗣️ "Precisamos ser cautelosos", disse Prates, ao ser questionado sobre um eventual pagamento de dividendos extraordinários, em entrevista à Bloomberg. "Eu seria mais conservador do que agressivo. Estamos no meio dessa grande decisão de nos tornarmos uma empresa de petróleo em transição", acrescentou.
Segundo Prates, a meta é transformar a Petrobras em uma potência de energia renovável e ter metade das receitas da companhia vindo de fontes de energia e combustíveis renováveis em um prazo de 10 anos. Por isso, a Petrobras se prepara fazer aquisições e investir em projetos de energia eólica e solar para, assim, impulsionar essa mudança. Durante esse processo, contudo, também será preciso investir em exploração de petróleo.
Leia também: Petrobras (PETR4) diz que não há decisão sobre dividendos
Reação negativa na B3
📉 Diante disso, Prates chegou a dizer que os acionistas da Petrobras entenderiam certa cautela na distribuição de dividendos. A reação, no entanto, foi diferente. As ações da Petrobras caíram mais de 5% na B3 nesta quarta-feira (28). Veja como as ações da Petrobras fecharam:
O mercado vinha alimentando a expectativa de que a Petrobras anunciasse a distribuição de dividendos extraordinários junto com os resultados de 2023, que serão publicados em 7 de março. Pelas contas dos analistas, o provento poderia chegar a US$ 10 bilhões. Por isso, a expectativa pelos dividendos vinha ajudando a impulsionar as ações da Petrobras, que bateu recordes em valor de mercado em 2024.
Petrobras responde
Com as ações derretendo na B3, a Petrobras publicou um comunicado ao mercado para tentar esclarecer a sua posição sobre o pagamento de dividendos. Segundo a companhia "não há qualquer decisão tomada em relação à distribuição de dividendos ainda não declarados".
Segundo a Petrobras, a Política de Remuneração aos Acionistas da Companhia vai nortear as decisões da sua administração sobre dividendos, incluindo a que será levada para a próxima AGO (Assembleia Geral Ordinária), marcada para 25 de abril. A Petrobras aprovou uma nova política de dividendos em julho de 2023, já na gestão de Jean Paul Prates.
No comunicado, a Petrobras lembrou que a sua nova política de dividendos permite a distribuição de dividendos extraordinários em casos excepcionais, desde que a sustentabilidade financeira da companhia seja preservada.
PETR4
PetrobrásR$ 31,35
-8,64 %
15,77 %
16.48%
5,21
0,96
Petrobras (PETR4): Refinaria Refap bate recorde de produção de diesel S-10 em novembro
A unidade tem capacidade de processar 35 milhões de litros de petróleo por dia.
Petrobras (PETR4) e Shell ampliam participação no pré-sal pagando R$ 8,8 bi
As empresas arremataram participações da União nos campos de Mero e Atapu, em Santos.
Greve na Petrobras (PETR4)? FUP inicia votação por paralisação nacional
Em novembro, a categoria rejeitou a contraproposta da Petrobras para o acordo coletivo de trabalho.
Petrobras (PETR4) vai investir R$ 12 bilhões para ampliar Refinaria Abreu e Lima
A cerimônia de inauguração das obras contará com a presença de Lula, nesta terça-feira (2).
Petrobras (PETR4): Pico de produção vai se estender até 2034, diz CEO
A empresa aprovou investimentos de US$ 109 bilhões entre 2026 e 2030.
Petrobras (PETR4) seca dividendos e rodopia, mas IBOV bate recorde
No último pregão em novembro de 2025, o principal índice da B3 supera os 159 mil pontos pela 1ª vez.
Petrobras (PETR4) deve pagar até US$ 50 bi em dividendos nos próximos 5 anos
O novo plano de negócios da estatal, no entanto, não traz menções a dividendos extraordinários.
Petrobras (PETR4) deve investir US$ 109 bilhões até 2030; veja prioridades
A cifra caiu 1,8% em relação ao plano de negócios atual, devido ao recuo dos preços do petróleo.