Petrobras (PETR4): Acionistas vão analisar regras para indicações de membros

Tema foi motivo de críticas por parte do mercado; conselho da petroleira não espera liminares que possam impedir reunião

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Publicado em 29/11/2023 às 09:23h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 29/11/2023 às 09:23h Atualizado 3 meses atrás por Juliano Passaro
(Shutterstock)
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Na próxima quinta-feira (30), a Petrobras (PETR4) realizará uma AGE (Assembleia Geral Extraordinária) para rever, ao todo, 13 artigos de seu estatuto. Um dos principais temas a ser debatido é a mudança de regras para indicar membros da alta administração da companhia.

A mudança nas regras para indicações de membros será debatida junto com a possibilidade de se instituir uma reserva de remuneração. Os dois temas, quando divulgados, foram motivos de críticas por parte do mercado, que acredita que pode existir ingerência política do governo na empresa e a possibilidade da Petrobras pagar menos dividendos aos acionistas. 

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De acordo com informações do "Valor Investe", o conselho da Petrobras não espera liminares que tentem impedir a realização da reunião. Ainda segundo a publicação do jornal, o governo teria votos para aprovar as propostas. 

Proposta de mudanças no estatuto social da Petrobras

No dia 23 de outubro, o conselho de administração da Petrobras aprovou a revisão da "política de indicação de membros da alta administração e do conselho fiscal". O tema, no entanto, estava condicionado à aprovação da revisão estatutária em AGE. 

O comunicado da companhia, no mês passado, destacava que entre os objetivos da revisão estava ""excluir vedações para a indicação de administradores previstas na Lei nº 13.303/2016 consideradas inconstitucionais por meio de Tutela Provisória Incidental na Ação Direta de Inconstitucionalidade 7.331-DF, em curso perante o Supremo Tribunal Federal".

No dia do anúncio do comunicado, os temores em relação à possibilidade de uma maior ingerência política e redução de dividendos fizeram as ações despencarem. A Petrobras acabou perdendo R$ 32,3 bilhões em valor de mercado, com seus papéis acumulando queda de 6,60% no pregão do dia 23 de outubro.