Para o governo, ajuda às aéreas pode sair do fundo garantidor do Desenrola
Com Gol em recuperação judicial, discussão sobre socorro às companhias ganha urgência em Brasília

O governo federal estuda usar o Fundo Garantidor de Operações (FGO), que subsidia programas como Desenrola e Pronampe, para salvar companhias aéreas.
✈️Em entrevista ao Estadão, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse que estão sendo realizadas reuniões entre as equipes do governo para chegar a um consenso.
“A gente tem feito reuniões permanentes com o Ministério da Casa Civil, da Fazenda e BNDES, onde a gente está estudando uma modelagem de crédito para o setor. Vai sair; o que estamos fechando são só números. A gente espera nesses próximos dias apresentar uma proposta concreta às companhias aéreas brasileiras”, disse o ministro.
Leia também: Fazenda planeja reformular o Perse com foco em pequenas empresas
Segundo Silvio, o uso desses recursos não causaria impacto fiscal, essa que é uma das principais preocupações do Executivo.
Interlocutores, no entanto, disseram à reportagem que ainda não há uma definição sobre o tema e que esta seria apenas uma das possibilidades levantadas pelo Planalto.
O FGO foi criado há cinco anos, mas ganhou ainda mais força em 2020, no meio da pandemia, quando passou a ser usado também para auxiliar empreendedores em um cenário econômico difícil. No ano passado, também passou a ser plano de fundo do programa do governo federal para pessoas endividadas.
Aéreas em apuros
O setor aéreo tem estado no centro das discussões nos últimos meses, em decorrência de uma crise sem precedentes que tem passado. Este foi um dos mercados mais atingidos pela pandemia e que sofre para se recuperar até hoje.
🇺🇸A GOL (GOLL4), inclusive, está passando por um processo de recuperação judicial nos Estados Unidos. As dívidas da empresa somam mais de R$ 20 bilhões, conforme balanço divulgado em janeiro, após recorrer ao chamado Chapter 11.
Neste contexto, o governo tem tentado encontrar maneiras de aliviar as contas dessas empresas, debatendo desde o abatimento de dívidas até a oferta de créditos.
Essa urgência na discussão se sustenta no fato de que a malha aérea brasileira é dividida entre tres grandes companhias. Segundo dados da ANAC, juntas, Latam (38%), Azul (27%) e Gol (33%) teriam mais de 99% do mercado nacional.

AZUL4
AZULR$ 1,11
-88,97 %
-31,85 %
0%
0.22
0.05

Ibovespa cai, mas ainda fica perto de máxima; ações da Azul (AZUL4) tombam 16%
Já as ações americanas em Wall Street engatam o terceiro dia consecutivo de ganhos, com alívio das tarifas comerciais

Prejuízo da Azul (AZUL4) salta 460,4%, para R$ 1,8 bilhão no 1T25
A Azul também registrou receita líquida total de R$ 5,3 bilhões no 1T25.

Fitch rebaixa rating da Azul (AZUL4) para CCC- e alerta para risco elevado
O rating de longo prazo em moeda estrangeira da Azul caiu de “CCC” para “CCC-”, sinalizando um nível elevado de risco de inadimplência.

Azul (AZUL4) capta R$ 600 milhões para reforçar caixa após ‘tombo’ nas ações
A operação ocorre após a empresa concluir uma oferta primária de ações abaixo das expectativas, o que agravou a pressão sobre seus papéis.

Ibovespa quase cai, mas não perde os 135 mil pontos; veja quais ações tropicaram
Pela sua relevância no índice, VALE3 contribuiu para a baixa, mas foi a AZUL4 que liderou mais uma vez as perdas do dia

Azul (AZUL4): Quantas ações estão em circulação e por que caem quase 50% em 2025?
Companhia aérea explica o que aconteceu após parte de seus títulos de renda fixa terem sido convertidos em ações

Ações da Azul (AZUL4) lideram perdas da B3; ativo já derreteu 48% em abril
O mercado ainda reage ao anúncio de aumento de capital feito pela companhia.

Ações da Azul (AZUL4) despencam mais de 10% pelo 2º dia seguido
A movimentação chega após o conselho de administração da empresa aprovar o aumento de capital por meio de oferta pública.