Países nórdicos decidem avançar em acordo comercial com Mercosul, diz jornal

Representantes de entidade que representa quatro países europeus já tem agenda marcada na América do Sul

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Publicado em 20/03/2024 às 07:00h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 20/03/2024 às 07:00h Atualizado 1 mês atrás por Wesley Santana
Atualmente, o Mercosul é formado por cinco países. Foto: Shutterstock
Atualmente, o Mercosul é formado por cinco países. Foto: Shutterstock

🇪🇺Um bloco econômico formado por Noruega, Islândia, Suíça e Liechtenstein decidiu avançar e negociar um acordo direto com o Mercosul.

Segundo a Folha de SP, a Efta (Associação Europeia de Livre Comércio) formalizou à América do Sul seu interesse em fechar questão de forma independente, sem a participação da União Europeia. Já há, inclusive, uma reunião agendada entre negociadores das duas partes em Buenos Aires, marcada para abril.

Os países estariam dentro de um potencial contrato de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, mas este vem se arrastando há muito anos, sem estimativa de conclusão.

Por isso, desde 2019, os Estados se juntaram para tentar negociar o acordo de forma paralela, sem depender do consenso das 27 nações que formam a liga europeia.

Segundo cálculo do Ministério da Economia, ainda no governo Bolsonaro, caso o pacto Mercosul-Efta fosse concluído, ele representaria um acréscimo de 5,2 bilhões ao PIB do Brasil em 15 anos.

Acordo com outros países

Embora o acerto com a União Europeia seja o mais esperado pelo Mercosul, nos últimos anos, o bloco econômico tem fechado parceria com diversos países individualmente. Foi assim com o Egito, Israel, Índia e, mais recentemente, com Singapura.

🇸🇬 Em dezembro do ano passado, o Mercosul fechou um acordo de livre comércio com Singapura, concluindo conversas que se desenrolaram por cinco anos. O trato prevê a eliminação de tarifas sobre produtos comprados pelo país asiático e isenção de 95,8% para exportações feitas por ele.

O Mercosul é formado por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela (atualmente, suspensa das atividades), e que conta com outros sete países associados, todos da América do Sul. Juntos, esses são responsáveis por um PIB (Produto Interno Bruto) de R$ 2,6 trilhões, com destaque para o Brasil e Argentina.